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BE considera inaceitável precariedade em call center de Castelo Branco

A líder do Bloco de Esquerda (BE) considerou hoje inaceitável a precariedade laboral de cerca de 130 técnicos do centro de contacto da Segurança Social de Castelo Branco, que estão subcontratados por uma empresa privada.

BE considera inaceitável precariedade em call center de Castelo Branco
Notícias ao Minuto

18/11/24 12:39 ‧ Há 1 Hora por Lusa

Política BE

"Como é que a Segurança Social subcontrata um trabalho especializado para atender pessoas em situação de fragilidade a uma empresa que paga o salário mínimo, um subsídio de alimentação de 4,20 euros, quase 20% abaixo do que ganha um trabalhador da função pública e, às vezes, com atrasos", denunciou hoje Mariana Mortágua.

 

Em declarações aos jornalistas, a coordenadora bloquista - que participou hoje de manhã num plenário com trabalhadores, juntamente com elementos do Sindicato Nacional dos Trabalhadores das Telecomunicações e Audiovisual (Sinttav) - denunciou ainda que os trabalhadores têm poucas pausas "num trabalho tão pesado" de oito horas, descontos de salário por "cada segundo de atraso" e acesso limitado a água dentro da sala de trabalho "para não perderem tempo".

Para Mariana Mortágua, é "nojento e inaceitável" que um organismo público como a Segurança Social tenha técnicos especializados, "que oferecem um trabalho único no país, numa situação da maior precariedade, com baixos salários, más condições de trabalho", subcontratados a uma empresa que "não apresenta contas e que foi expulsa da Bolsa de Valores".

"Há um Governo que quer baixar os impostos às grandes empresas para que possam subir salários, que todos os dias enche a boca para falar dos jovens que saem do país, das condições de trabalho e do salário médio e depois a Segurança Social mantém mais de 100 trabalhadores, na sua maioria jovens, no interior do país, com trabalho especializado e único no país a ganhar o salário mínimo e sem poder ter pausas ou acesso a água na sala do seu trabalho", sublinhou.

A dirigente salientou que o BE apresentou uma proposta no Orçamento de Estado 2025 para a integração daqueles técnicos na função pública e que a empresa que subcontrata os trabalhadores não tem condições para deter o contrato por "não respeitar regras básicas" ao falhar no pagamento de salários, na apresentação de contas e de ter tido problemas com a Bolsa de Valores.

"Por estas duas razões, os trabalhadores devem ser integrados e o contrato negociado", sustentou Mariana Mortágua.

Leia Também: OE. Mortágua destaca três propostas no setor laboral que quer aprovadas

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