Raimundo pede "convergência" para romper com políticas de Direita

O secretário-geral do PCP apelou hoje a um "alargamento da convergência de democratas e patriotas" com respeito pela "diversidade de pontos de vista e posicionamentos" para romper com políticas de direita.

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© Horacio Villalobos#Corbis/Corbis via Getty Images

Lusa
13/12/2024 12:10 ‧ há 4 horas por Lusa

Política

PCP

No discurso de abertura no 22.º Congresso do PCP, em Almada, Paulo Raimundo definiu a "ampliação da convergência de todos os democratas e patriotas pela rutura de uma política de direita" como uma das questões que emergem para romper com política de direita e defender o regime democrático e o cumprimento da Constituição.

 

"Um rumo que encontra em todos aqueles que não prescindem da defesa do regime democrático e do cumprimento da Constituição o elemento agregador capaz de mobilizar todas as forças e energias para resistir e para vencer. É este o desafio que temos pelas mãos", pediu Raimundo.

O secretário-geral comunista sublinhou que esta convergência exige o envolvimento de diversos setores e diferentes "pontos de vista e posicionamentos, mas unidos num objetivo comum".

Raimundo ressalvou, no entanto, que a "gravidade da situação exige a afirmação clara do PCP e do seu papel e não a sua diluição em falsas saídas ou soluções inconsequentes".

"A alternativa patriótica e de esquerda é a grande batalha para a qual estamos todos convocados. Demore o tempo de demorar, daqui convictamente reafirmamos: O PCP vai empenhar todas as suas forças para romper com a política de direita e concretizar os direitos e as condições de vida que têm sido negados aos trabalhadores e ao povo", assegurou.

Este projeto de convergência deve "promover o desenvolvimento económico", garantir um país coeso e equilibrado", reforçar a democracia e "recuperar instrumentos de soberania e afirmar a independência nacional", defendeu.

Para Raimundo, o principal desafio não está "no conteúdo da alternativa", mas sim na "apreensão de como se constrói, com quem se conta e na confiança quanto à real possibilidade de concretização da alternativa patriótica e de esquerda.

O líder comunista garantiu que para lá chegar "não há nenhuma solução mágica", mas é sim "preciso resistir, confiar nos trabalhadores e no povo" e "conhecer o chão que pisamos".

"É preciso tomar a iniciativa e lutar, lutar ainda mais e com mais gente, reforçar as organizações dos trabalhadores e das massas populares e levar a sua participação, alargar a convergência de democratas e patriotas, reforçar o PCP", apelou.

Leia Também: Raimundo aponta ofensiva anticomunista e desinformação à escala global

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