"Sentimos que a IL pode ser essa alternativa positiva que o país tanto precisa. Não precisa de mais partidos a destruir, precisa de partidos a construir. Temos todas as condições para ser essa alternativa", afirmou.
Bernardo Blanco falava durante a 9.ª Convenção Nacional da Iniciativa Liberal, que decorre entre hoje e domingo em Loures, no distrito de Lisboa, no período de apresentação dos candidatos ao Conselho Nacional, uma vez que encabeça uma das listas.
O deputado da IL considerou que o partido deve ter uma visão sobre a inteligência artificial e "dar uma resposta moderada às preocupações das pessoas sobre segurança e justiça" e diferenciar-se por "ser o partido que cumpre o que promete".
Depois, apontou críticas a outros partidos, considerando, à esquerda, que o PCP está "preso ao passado", o BE é "hipócrita" e o PS "atrasou o país".
Já o PSD, "anda a comprar votos classe a classe" e, apesar de se ter comprometido com "uma redução do Estado [...], uma redução de impostos [...] e uma reforma do SNS", "não se vê nada".
"O Chega nem vou falar, não me levem a mala", brincou, referindo-se ao caso do deputado que é suspeito de furtar bagagem no aeroporto.
O deputado integrou nos últimos anos a Comissão Executivo do partido, e vai deixar nesta convenção o lugar de vice-presidente.
A nível interno, o candidato ao Conselho Nacional, que apoia a reeleição de Rui Rocha como líder do partido, diz que, mais do que "discutir quem é mais liberal" ou "discutir vírgulas", os membros da IL devem procurar "soluções para os portugueses".
"No Conselho Nacional queremos desinstalar o vírus burocrático e instalar a mentalidade construtiva", disse, indicando que a lista que encabeça, a F, é diversificada, com candidatos de vários pontos do país, e criticou aqueles que se "serviram do partido para pôr o seu nome nos jornais".
Bernardo Blanco disse ainda que não será candidato nas eleições autárquicas que deverão disputar-se em setembro.
Pela lista D, Paulo Ricardo Lopes afirmou que os membros desta lista não apoiam nenhum dos dois candidatos à liderança, mas comprometem-se a ser "o braço armado da Comissão Executiva na difusão do liberalismo".
Sobre o funcionamento interno do Conselho Nacional, o dirigente propôs melhorar os "pontos de discussão política" e abrir aos membros dos núcleos e a especialistas nacionais e internacionais e descentralizar as reuniões deste órgão.
A lista D propõe também que o Conselho Nacional ajude os núcleos a preparar as próximas eleições autárquicas, "garantindo que não existe via verde para coligações".
Pela lista M, e com uma motosserra de papel em cima do púlpito, Jorge Pires afirmou que esta é uma "lista ideológica" e considerou que a IL é "a casa das ideias de [Javier] Milei", o Presidente da Argentina.
Jorge Pires citou o presidente argentino ao perguntar o que se faz com a TAP, RTP, CP, "rendas congeladas" e "subvenções políticas" e responder várias vezes: "Afuera".
O candidato ao Conselho Nacional salientou ainda que a Iniciativa Liberal não é "muleta" do PSD" nem um "CDS dois", e quer "ser poder".
Leia Também: Deputado Bernardo Blanco encabeça lista ao Conselho Nacional da IL