Paulo Portas na corrida a Belém? Será "bom" em tudo o que se "dedicar"

O presidente do CDS-PP, Nuno Melo, afirmou hoje que uma possível candidatura de Paulo Portas a Belém não foi discutida no partido, mas que o ex-líder "seria bom em tudo aquilo que na política se queira dedicar".

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Lusa
18/12/2024 23:58 ‧ há 3 horas por Lusa

Política

Nuno Melo

"Presidenciais são o resultado de vontades individuais que são expressas no devido tempo, algo que no CDS ainda não se abriu", disse Nuno Melo em declarações aos jornalistas após o jantar de Natal organizado pela Distrital e pela concelhia do CDS-PP de Lisboa.

 

Nuno Melo não quis comentar uma possível corrida entre o ex-presidente do CDS-PP e o Chefe do Estado-Maior da Armada Gouveia e Melo, por defender que as eleições presidenciais serem "um ciclo que ainda não se abriu".

No seu discurso, o líder do CDS-PP aproveitou para fazer um balanço dos primeiros 8 meses de governação da AD e critica o que chama "aliança" entre PS e Chega que derrubou um governo "legítimo" na Madeira.

Nuno Melo questionou "quem é que se aliou a quem", referindo-se a PS e Chega, relembrando que nas últimas eleições legislativas a Aliança Democrática foi questionada por diversas vezes sobre uma eventual aliança com o Chega.

"Nos tempos de pré-campanha não havia um dia em que os partidos da oposição não exigissem que a AD desse garantias de que não se aliaria aos populistas radicais do Chega, porém, há 48 horas o PS aliou-se ao Chega para derrubar um governo legítimo na Região Autónoma da Madeira, liderado pelo PSD e apoiado pelo CDS", disse.

Fez ainda críticas ao Partido Socialista pelo estado do Serviço Nacional de Saúde, defendendo que "este governo fez mais em 8 meses que o PS em 8 anos de governação"

No que toca às eleições autárquicas, Nuno Melo afirma que está traçada uma "meta de manutenção ou crescimento", relembrando que o partido "lidera sozinho seis autarquias e perto de 40 em coligação com o PSD".

Sobre o regresso de Diogo Moura à Câmara de Lisboa após a decisão do Ministério Público ter retirado as acusações de fraude eleitoral ao autarca e se estes desenvolvimentos deixariam Carlos Moedas desconfortável com uma possível candidatura conjunta, o líder do CDS disse não querer "acreditar que se possa, onde seja, na comunicação certamente o farão, condenar onde a justiça inocentou".

Para além das declarações do presidente do partido, o evento contou com as intervenções do dirigente e líder da distrital, Telmo Correia, a líder reeleita da Concelhia, Maria Luísa Aldim e o presidente da Juventude Popular, Francisco Camacho. 

[Notícia atualizada às 00h02]

Leia Também: Rocha desafia Centeno a seguir "passos" de Gouveia e Melo e sair do BdP

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