O deputado único da IL no parlamento açoriano terminou uma ronda de audiências com dirigentes do setor cooperativo agrícola regional, apontando que o executivo açoriano de coligação PSD/CDS-PP/PPM) "continua a injetar dinheiro público em cooperativas que não são rentáveis, (...) deixando de apoiar" as associações que produzem riqueza.
Para Nuno Barata, na área dos laticínios, os modelos de negócios e de financiamento carecem de "uma reestruturação completa".
Ao invés, no setor horto-fruti-florícola, "a atividade económica é rentável", mas "o Governo Regional deve, neste momento, mais de meio milhão de euros de apoio à exportação", apontou Nuno Barata, citado em nota de imprensa.
Os liberais ouviram dirigentes de três cooperativas do setor agrícola, tendo revelado que "duas delas assumiram claramente que a sua atividade económica não é rentável", ambas na fileira dos laticínios.
Embora sejam cooperativas social e culturalmente importantes, "a sua atividade económica acumula prejuízos, ano após ano, sendo necessária uma reestruturação completa do modelo de negócios e uma reestruturação completa do seu modelo de financiamento", aponta a IL, alertando que o Governo Regional "continua a injetar dinheiro nessas cooperativas para fazer face à tesouraria e para resolver problemas com dívidas atrasadas, ano após ano".
Por outro lado, "uma terceira cooperativa [na fileira dos horto-fruti-florícolas] mostrou-nos uma atitude completamente diferente, com uma atividade económica rentável, que melhora o rendimento dos cooperantes, que lhes baixa os preços dos fatores de produção e que, ainda por cima, consegue exportar para fora da Região produto dos seus cooperantes", acrescentou Nuno Barata.
"A esta cooperativa que é rentável o Governo Regional deve, neste momento, mais de meio milhão de euros de apoio à exportação", apontaram os liberais.
Para o deputado da IL/Açores, "há dois tratamentos diferentes, perante casos completamente diferentes", considerando que "não se pode continuar a sustentar empresas, cooperativas, associações que mantêm a atividade económica destrutiva de riqueza e deixar de apoiar ou atrasar nos apoios àqueles que têm uma atividade económica que produz riqueza e aumenta o rendimento dos seus cooperantes".
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