BE critica "ingerência sobre universidades portuguesas" pelos EUA

A coordenadora do Bloco de Esquerda, Mariana Mortágua, salientou hoje que os Estados Unidos da América "não têm direito a fiscalizar universidades portuguesas" e que Portugal "não é uma colónia" norte-americana, instando o Governo a atuar.

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© Paulo Spranger /Global Imagens

Lusa
11/04/2025 19:25 ‧ há 2 dias por Lusa

Política

Universidades

"Há uma ingerência sobre as universidades portuguesas, por parte de um Estado estrangeiro. Essa ingerência não é legítima nem é aceitável e o Estado português tem a obrigação de fazer ver isto aos Estados Unidos da América. E a forma de o fazer é chamar o embaixador dos EUA para lhe explicar que Portugal não aceita este tipo de ingerência", advogou Mariana Mortágua, em conferência de imprensa na sede nacional do partido, em Lisboa.

 

Em causa está o facto de o Governo dos Estados Unidos da América ter enviado a várias universidades portuguesas um questionário com perguntas sobre "ideologia de género", ligações a organizações terroristas, "agendas climáticas", "contactos com partidos comunistas e socialistas" ou "relações com as Nações Unidas, República Popular da China, Irão e Rússia", além de ter decidido cortar o financiamento de programas.

Mortágua realçou Portugal "não é uma colónia dos EUA" e que aquele país "não tem o direito de fiscalizar as universidades portuguesas, ou fiscalizar o que é produzido e investigado nas universidades portuguesas".

"Donald Trump tem de perceber que o mundo não é uma colónia dos Estados Unidos da América e eu quero por isso cumprimentar os reitores e os diretores das universidades que fizeram ver isso a Trump, recusando-se a responder às perguntas e intimações por parte do Presidente dos Estados Unidos", acrescentou.

Mortágua apontou ainda ao líder do Chega, André Ventura, que apelidou como "o agente de Donald Trump contra Portugal".

"André Ventura, que tem sempre Portugal na boca, defendeu as tarifas de Donald Trump contra Portugal. O doutor André Ventura tem de explicar a todas as pessoas, tem de explicar aos agricultores, tem de explicar aos trabalhadores do têxtil, aos trabalhadores afetados pelas tarifas, porque é que prefere a sua obediência a Trump ao modo de sustento destes trabalhadores do têxtil, da agricultura e da indústria portuguesa", argumentou.

A bloquista quer saber porque é que o líder do Chega "está a funcionar como um agente de Donald Trump contra Portugal, quer nas tarifas, quer na ingerência que está a ser feita sobre as universidades portuguesas" e que Ventura "deve essa explicação ao país e é bom que a faça durante a campanha".

Leia Também: "Caça às bruxas de Trump chegou às universidades portuguesas"

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