"Vamos acordar Portugal, vamos acordar PS, porque isto não correu bem"

O socialista Álvaro Beleza, médico de profissão, manifestou hoje o desejo de que o PS ganhe as eleições e os portugueses façam fila "às 04 ou às 06 da manhã" para votar e não para fazer endoscopias.

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Lusa
24/09/2015 22:25 ‧ 24/09/2015 por Lusa

Política

Álvaro Beleza

"Estamos aqui com aqueles que hoje às 04 da manhã foram para a Amadora para fazer uma endoscopia. É por esses que estamos a lutar. (...) Acorda Portugal e vamos ter uma fila às 04 da manhã ou às 06 da manhã mas é para as mesas de voto no dia 04 de outubro", declarou Beleza num comício em Leiria.

Lembrando o seu percurso de médico no serviço público, e sublinhando estar perto de fazer 30 anos desse estatuto, Beleza - ainda dirigente do PS e membro do Secretariado Nacional de António José Seguro - disse estar hoje a falar em Leiria como cidadão português, médico e pai.

"Quero um futuro de esperança e uma mudança para melhor para os nossos filhos e os nossos netos", realçou, criticando depois a "história contada por Pedro e Paulo", referindo-se aos líderes de PSD e CDS-PP, de que a governação atual correu bem.

"Vamos acordar Portugal, vamos acordar PS, porque isto não correu bem", reforçou Álvaro Beleza, que fez a transição entre as direções de António José Seguro e António Costa.

O socialista quer que o seu partido mobilize o país e ganhe as eleições, e deu o seu exemplo como cidadão lisboeta para elogiar o secretário-geral do PS.

"António Costa pegou na câmara de Lisboa falida, Lisboa não tinha futuro, só tinha problemas. Não ganhou por maioria [absoluta], ganhou, fez compromissos. É um homem de diálogo, um homem de consensos", vincou, antes de descrever o PS como um "partido moderado, da estabilidade, um partido charneira da política portuguesa", com um líder que não é um "radical".

Quem também interveio esta noite em Leiria foi a cabeça de lista do PS por Leiria, Margarida Marques, para quem António Costa "sabe o que quer para Portugal e sabe o que quer para a Europa".

"Portugal, com Pedro Passos Coelho, limitou-se a ser seguidista" e o primeiro-ministro e líder do PSD "encostou-se ao memorando de entendimento [com a 'troika'] para justificar a sua opção ideológica".

E acrescentou: "Vale a pena lutar pela mudança. É preciso mudar de Governo por Portugal e pelos portugueses".

No começo da noite, o presidente da Federação Distrital de Leiria do PS, José Miguel Medeiros, pediu o voto nos socialistas porque o Governo "traiu o eleitorado que nele confiou" em 2011 nas últimas eleições legislativas.

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