Trata-se da primeira fase desta empreitada de remodelação total do Museu Nacional de Arqueologia (MNA), cujas obras deverão começar no verão e durar cerca de 10 meses, disse o diretor do museu, António Carvalho, à agência Lusa.
"Havendo propostas que respeitem os termos do concurso, é previsível que a obra deverá começar durante o segundo trimestre do ano", disse, apontando que as empresas interessadas terão até 22 de março para candidatar-se.
O valor exato disponível para esta empreitada, no âmbito do PRR, é de 13.492.887,77 euros, segundo o concurso público, com a Associação de Turismo de Lisboa (ATL) como dona da obra que deverá estar totalmente concluída até 31 de março de 2026, o prazo final do PRR.
António Carvalho recordou que, de acordo com o contrato a realizar com a empresa vencedora do concurso, qualquer bem com valor histórico, paleontológico, arqueológico, arquitetónico, linguístico, documental, artístico, etnográfico, científico, social, industrial ou técnico encontrados no decurso da execução da obra terá de ser entregue pelo empreiteiro às autoridades responsáveis.
Ainda no quadro das obras do PRR, a 01 de fevereiro tiveram início as escavações no interior, obrigatórias por lei, que "prosseguem a bom ritmo" segundo o diretor do "museu dos territórios" do país, com 130 anos de existência e cerca de 7.000 peças inventariadas, muitas delas classificadas como tesouros nacionais.
Outra fase do programa de obras inclui uma empreitada da conservação das fachadas sul, norte e poente do MNA, espaço museológico que detém quase toda a fachada do Mosteiro dos Jerónimos voltada para a Praça do Império.
O MNA encontra-se encerrado ao público em geral desde abril de 2022, mas realiza visitas organizadas de grupos de universidades e escolas, associações e organizações, com as quais quis manter o contacto.
Por outro lado, também foi mantida a cedência de peças para exposições em Portugal e no estrangeiro, com a coprodução de exposições, nomeadamente, "Energias. Perpétuo Movimento", no Museu de Arte, Arquitetura e Tecnologia, em Lisboa, e "Idolos. Olhares Milenares", no Museu Arqueológico de Alicante, em Espanha.
"O PRR é uma oportunidade única, e este tipo de intervenção é raro em Portugal", salientou à Lusa, em janeiro, António Carvalho sobre o projeto que na última reprogramação, em março de 2024, destinou ao MNA um total de 32.692.636,60 euros (inicialmente eram 24,5 milhões de euros).
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