Chama-se Murtaza Ahmadi e há precisamente dois anos colocou o mundo de olhos nele. O menino afegão foi visto com uma camisola de plástico azul com o nome de Messi. Murtaza foi depois recompensado com uma camisola verdadeira oferecida pelo craque argentino e até o conheceu pessoalmente.
A agência EFE dois anos depois quis saber onde andava o menino e o que descobriu não foi o melhor. A família de Murtaza foi obrigada a abandonar a sua casa de forma repetenina, em Jaghori, devido aos talibãs que obrigaram a povoação dessa localidade a deixar os seus lares.
Recorde-se que já em 2016 foi feito um pedido à ONU para obter refúgio na Europa, por parte da família, mas foi negado.
Agora em Cabul, com os pais e quatro irmãos, Murtaza Ahamadi recordou o momento difícil pelo qual está a passar e revelou que teve de deixar as camisolas assinadas pelo ídolo Messi para trás.
Murtaza com a camisola assinada por Lionel Messi© DR Facebook UNICEF
"Deixámo-las em Jaghori. Não pudemos trazê-las porque saímos de casa a meio da noite e a mãe pediu que deixasse a bola e as camisolas", lamentou, em declarações à EFE.
"Sinto muita falta da nossa casa em Jaghori. Aqui não tenho bola e não posso jogar futebol ou sair à rua", acrescentou ainda o menino.