Christophe Galtier concedeu uma extensa entrevista à edição deste sábado do jornal francês L'Équipe, na qual abordou diversos temas, entre eles, claro está, a passagem pelo comando técnico do Paris Saint-Germain, entre 2022 e 2023.
Uma das principais dificuldades por que passou, no Parque dos Príncipes, foi gerir Lionel Messi, Kylian Mbappé e Neymar, confessou o agora treinador do Al-Duhail: "Os três tinham de se associar e jogar juntos. Era a minha obsessão. Penso que nunca mais voltaremos a ver isso, em França".
"Eles eram muito eficientes, ao nível do jogo e do investimento, mas perdemos Neymar [por lesão]. Toda a gente se esqueceu disso, também (...). A gestão é diferente. As discussões são feitas no escritório, frente a frente", prosseguiu.
"São muito particulares. Com este perfil extraordinário de jogador, a mais pequena reação, o mais ligeiro olhar, um sorriso inapropriado, um piscar de olho ou um gesto assume proporções internacionais, mundiais", completou.
Para ilustrar, o gaulês de 57 anos de idade recordou a entrada em cena na edição de 2022/23 da Liga dos Campeões. O encontro com a Juventus terminou num triunfo, por 2-1, mas o principal destaque foi para a decisão de substituir o internacional argentino.
"Senti que deveria retirar Léo Messi, no final do jogo, não para melhorar alguém ou algo, mas para o proteger, do ponto de vista físico. A escolha pareceu-me coerente. Depois do jogo, toda a gente me disse que era a primeira vez que Messi era substituído, na Liga dos Campeões", referiu.
"É aí que tomas consciência e que vês confirmado que estás a treinar jogadores que são mais do que jogadores", rematou Christophe Galtier, que sublinhou, ainda assim, que os três avançados eram "pessoas normais, simples, acessíveis e profissionais".
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