Lucho González concedeu, esta quarta-feira, uma extensa entrevista ao podcast Clank, do famoso jornalista argentino, Juan Pablo Varsky, na qual passou em revista a sua carreira de futebolista, na qual se insere uma passagem pelo FC Porto, onde esteve de 2005 a 2009.

"Cheguei ao FC Porto e, no meu segundo ano, disseram-me que tinha que escrever um livro. 'Sobre quê?', perguntei. Não vou escrever um livro, prefiro guardar esses momentos inesquecíveis para mim", começou por dizer o ex-jogador, antes de falar sobre as portas que a sua transferência para o Dragão abriu entre os jogadores argentinos.

"Quando fui vendido pelo River Plate ao FC Porto, lembro-me que Portugal não era uma referência para os argentinos, embora sempre houvesse argentinos em várias ligas. Normalmente íamos para Espanha ou Itália. Fui vendido ao FC Porto e alguém me perguntou se não corria risco de perder o meu lugar na seleção argentina, porque já tinha feito a minha estreia com Marcelo Bielsa. Eu respondi que não e tudo correu naturalmente", ressalvou o antigo internacional pela Argentina.

Depois do FC Porto, Lucho González transferiu-se para o Marseille e recordou um episódio caricato que envolveu a sua ida para o clube francês.

"Nunca vivi nada igual ao que experimentei em Marselha. Os adeptos são muito parecidos com os argentinos. Eu não sabia que gostavam tanto de mim. Havia uma pessoa que me levava fotos do Che Guevara todos os dias. Um dia, tive de lhe dizer que sabia quem ele era, mas que não gostava dele e que não queria mais fotos", finalizou.

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