"Uma das mensagens que passo desde que cá cheguei é para que os jogadores pensem no lance seguinte. Independentemente de uma jogada ter corrido mal ou bem, há que pensar sempre no que vem depois, porque o que já passou é menos importante do que aquilo que se vai passar. Não podemos claramente esquecer o que se passou no último jogo, porque nos deu situações para trabalhar e melhorar, mas abordaremos da mesma forma esta próxima partida", enquadrou o técnico italiano, em conferência de imprensa.
As 'panteras' chegam à última ronda da primeira volta no 17.º e penúltimo lugar, em zona de despromoção direta, após terem sofrido a derrota mais expressiva da época na visita ao rival citadino FC Porto (0-4), atravessando uma série de três empates e três derrotas.
"Às vezes, e principalmente na situação em que estamos, importa pontuar e não perder. Sem dúvida, isso é relevante. Agora, nós entramos em todos os jogos da mesma forma, seja em casa ou fora, e para ganhar, tal como já demonstrámos no passado", observou.
Ainda à procura da primeira vitória no Bessa, onde já não triunfa há 11 jogos e quase 10 meses para o campeonato e averba três igualdades e quatro desaires em 2024/25, com apenas um golo marcado, o Boavista terá pela frente o lanterna-vermelha Arouca, com o qual partilha o estatuto de ataque menos concretizador da prova, ambos com 10 tentos.
"É uma equipa com qualidade individual, sobretudo na frente, que poderá desequilibrar. Esperamos que venha tentar pontuar e fazer o seu jogo, mas estamos preparados. É um jogo importante contra um adversário direto na luta pela manutenção e temos de tentar ganhar", projetou Cristiano Bacci, sem querer pensar além da receção aos arouquenses, que precede mais um duelo em casa, frente ao Casa Pia, na abertura da segunda volta.
Os 'axadrezados' só venceram um dos últimos 16 jogos na I Liga e arriscam-se a atingir uma inédita série de oito encontros sem vitórias caseiras numa edição da prova, tendo o treinador voltado a frisar a "falta de eficácia" como uma das razões para esse momento.
"Posso também focar na formação desta equipa, que tem muitos jovens e é normal que eles sintam a pressão. Todos queremos ganhar, especialmente em casa, onde temos de dar uma alegria aos nossos adeptos, que nos apoiam sempre. Agora, por vezes, essa pressão é um peso e a nossa maior dificuldade, sobretudo para os mais jovens", vincou.
A aposta na juventude tem pautado a passagem de Cristiano Bacci pelo Boavista, que enfrentou a primeira metade da temporada sem reforços, mas continua a necessitar de vender ativos para liquidar dívidas a credores e desbloquear o impedimento de inscrição de novos jogadores determinado pela FIFA há cinco janelas de transferências seguidas.
"Acho que não sou a pessoa mais indicada para falar sobre a valorização do plantel. O meu objetivo é conquistar pontos. A nossa equipa é formada por muitos jovens que não jogavam de início, mas acabaram por somar minutos. Agora, não sou eu que tenho de dizer se o valor de cada um deles subiu ou baixou", pontuou o técnico, que tem o defesa central uruguaio Rodrigo Abascal castigado e o médio Joel Silva em dúvida, por lesão.
O Boavista, 17.º e penúltimo classificado, recebe o lanterna-vermelha Arouca, ambos com 12 pontos, no sábado, às 20:30, no Estádio do Bessa, no Porto, em encontro da 17.ª jornada da I Liga, sob arbitragem de Gustavo Correia, da associação do Porto.
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