O endividamento do setor não financeiro da economia cresceu para 740 mil milhões de euros em julho, depois de se ter cifrado nos 735,4 mil milhões de euros em junho, de acordo com os dados atualizados pelo Banco de Portugal (BdP), esta segunda-feira.
"Em julho de 2020, o endividamento do setor não financeiro situou-se em 740,0 mil milhões de euros, dos quais 331,4 mil milhões de euros respeitavam ao setor público e 408,6 mil milhões de euros ao setor privado", pode ler-se no comunicado do BdP.
Em comparação com junho, o endividamento do setor não financeiro aumentou 4,6 mil milhões de euros. Este aumento deveu-se aos acréscimos de 3,9 mil milhões de euros do endividamento do setor público e de 0,7 mil milhões de euros do endividamento do setor privado.
O aumento do endividamento do setor público refletiu-se, sobretudo, "no crescimento do endividamento face ao exterior (2,7 mil milhões de euros), face ao setor financeiro (1,7 mil milhões de euros) e face às empresas (0,4 mil milhões de euros). Estes aumentos foram parcialmente compensados pela redução do endividamento perante as próprias administrações públicas (1,1 mil milhões de euros)", refere o BdP.
Já o do setor privado aumentou 0,5 mil milhões de euros, sendo que "este crescimento resultou sobretudo da subida do endividamento face ao setor financeiro (em 0,8 mil milhões de euros), que foi parcialmente compensada pela redução do endividamento face ao exterior (de 0,3 mil milhões de euros). O endividamento dos particulares perante o setor financeiro registou um acréscimo de 0,2 mil milhões de euros", sublinha.