O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, lamentou esta sexta-feira a morte de João Salgueiro, antigo vice-governador do Banco de Portugal, tendo ainda apresentado os "sentidos sentimentos" à família. O economista tinha 88 anos de idade.
"Portugal perdeu hoje um dos seus mais brilhantes economistas da segunda metade do século XX", pode ler-se numa nota publicada no site da Presidência.
O chefe de Estado evocou e agradeceu, por essa via, o "constante e sempre prospetivo contributo cívico" de João Salgueiro - que foi, inclusive, assinalado com a atribuição da Grã-cruz da Ordem do Infante D. Henrique, que lhe foi atribuída em 2021.
Como recorda o Presidente da República, João Salgueiro licenciou-se em Economia no antigo ISCEF (atual ISEG), onde ensinou. Em causa está um nome que teve, ainda, "um papel particularmente importante no planeamento económico" e "no nascimento das regiões plano, que dariam origem às CCDR".
O mesmo é válido, argumentou o chefe de Estado, no âmbito da "tentativa, falhada, de modernização no tempo de Marcello Caetano", mas também ao nível do "setor bancário público nos anos 70 e 80", do "Ministério das Finanças e da "liderança de uma das mais importantes sensibilidades dentro do PPD-PSD".
Isto porque, recorde-se, concorreu contra Aníbal Cavaco Silva à liderança do PSD em 1985 - para quem viria a perder.
João Salgueiro destacou-se, ainda, pelo trabalho desempenhado durante 50 anos na SEDES (Associação para o Desenvolvimento Económico e Social) - "de que foi inspirador, presidente e figura tutelar, na transição para a Democracia e até ao século XXI, lê-se na nota publicada no site da Presidência.
Com uma carreira iniciada no Banco de Fomento Nacional, o economista foi ainda presidente da Associação de Bancos Portugueses e vice-governador do Banco de Portugal.
[Notícia atualizada às 00h01]
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