A Bosch assina hoje, ao final do dia, um contrato de investimento em inovação produtiva na unidade de Braga, no valor de 48 milhões de euros, numa cerimónia que conta com as presenças do ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, do secretário de Estado da Internacionalização, Eurico Brilhante Dias, e do presidente da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP), Luís Castro Henriques.
"Este é mais um protocolo que estabelecemos", disse Carlos Ribas, salientando esperar "muitos mais no futuro".
O contrato de investimento em inovação produtiva, que assenta na expansão, modernização e otimização dos processos produtivos, insere-se no âmbito do Sistema de Incentivos à Inovação Empresarial e Empreendedorismo do Portugal 2020.
"Estamos muito felizes" com este investimento, sublinhou, destacando que "a Bosch nunca esteve tão forte" em Portugal como agora.
"Portugal é um país estratégico para a Bosch" e o grupo "quer investir cada vez mais em Portugal em áreas de conhecimento, desenvolvimento e inovação", acrescentou.
Carlos Ribas referiu que o grupo alemão pretende que Portugal tenha um "crescimento mais acentuado" no desenvolvimento de software.
O representante da Bosch Portugal sublinhou que desde 2015, a empresa investiu 275 milhões de euros na ampliação, modernização, aquisição de equipamentos e aposta na inovação no mercado português.
"Nos últimos anos temos vindo a crescer de forma sustentada", sublinhou.
Questionado sobre as vendas em Portugal este ano, embora o exercício ainda não tenha fechado, as previsões são positivas.
"Tivemos crescimento em todas as áreas de negócio em volumes de vendas. Prevemos que este ano voltemos a atingir um novo recorde de todas unidades em conjunto", afirmou.
Em 2016, as vendas da Bosch Portugal cresceram 18% para os 1,1 mil milhões de euros.
Carlos Ribas alertou para a questão de falta de "mão de obra qualificada e altamente qualificada" em Portugal, nomeadamente na área da engenharia.
"Começa a haver dificuldades", disse, explicando que a procura nacional e internacional de engenheiros formados em Portugal tem vindo a aumentar.
"Há escassez na Europa", pelo que as empresas têm atraído recursos humanos portugueses para vários mercados, disse, salientando que tal está a estender-se a outras partes do mundo.