Uma equipa de investigadores norte-americanos da Universidade de Tulane, no estado do Louisiana, está a testar a VASPR - vacina contra o sarampo, parotidite epidémica e rubéola - na prevenção da sépsis, uma condição que já matou milhares de doentes com Covid-19.
Um estudo publicado no The Lancet, concluiu a presença de elevadas taxas de sépsis em pacientes infetados com o novo coronavírus na China.
E agora a nova pesquisa realizada por cientistas nos Estados Unidos sugere que a VASPR pode ajudar a combater a resposta inflamatória excessiva do sistema imunitário contra o coronavírus que tem matado inúmeros indivíduos com Covid-19.
Os investigadores analisaram ratos que sofriam de sépsis e que haviam também sido vacinados contra o sarampo.
Até ao momento ainda não foi descoberta uma vacina contra a Covid-19, mas os cientistas esperam que a vacina da VASPR tenha a capacidade de combater o coronavírus SARS-CoV-2.
Se a pesquisa for bem sucedida, poderá explicar o motivo pelo qual a maioria das crianças a quem foi administrada a VASPR não ter adoecido vítima do vírus.
Esta vacina é dada em Portugal e no resto do mundo de forma a proteger contra o sarampo, parotidite epidémica e a rubéola.
A vacina funciona ao infetar o paciente com uma pequena dose do vírus para que o seu sistema imunitário o combata. Por outras palavras, programa o corpo a responder prontamente - se necessário - a um vírus mais potente.
Assim, e de acordo com os investigadores, tal pode justificar o facto dos sistemas imunitários dos imunizados com a VASPR não reagirem tão severamente à Covid-19.