Como melhorar o diagnóstico e tratamento de tumores cerebrais malignos?

Eis as conclusões de um estudo da Universidade de Valladolid.

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Lusa
08/06/2022 07:13 ‧ 08/06/2022 por Lusa

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Saúde

A criação de 'imagens sintéticas' permitirá melhorar o diagnóstico e o tratamento de tumores cerebrais malignos, num novo contributo da inteligência artificial para combater esta doença, revela um estudo divulgado esta quarta-feira pela Universidade de Valladolid.

O resultado alcançado pelos investigadores Elisa Moya e Rafael Navarro é semelhante às imagens obtidas através de máquinas de ressonância magnética, divulgou a Universidade de Valladolid. O estudo, financiado pela Associação Espanhola Contra o Cancro (AECC) e pelo Ministério da Ciência e Inovação, foi publicado na revista científica NMR in Biomedicine e as suas conclusões serão divulgadas hoje, no Dia Internacional do Tumor Cerebral.

As imagens sintéticas geradas pelos dois investigadores poderão ser utilizadas, juntamente com as criadas numa ressonância magnética, no diagnóstico e na previsão do tratamento do glioblastoma, o tipo mais comum de tumor cerebral maligno.

O glioblastoma é um dos tumores cerebrais mais agressivos, com uma taxa de sobrevivência de aproximadamente 40% no primeiro ano após o diagnóstico e de 17% no segundo. "As imagens sintéticas são geradas através de um sistema de inteligência artificial que foi treinado a partir de um grande número de imagens reais obtidas em máquinas de ressonância magnética", explicou Elisa Moya, citada no comunicado de imprensa da Universidade de Valladolid.

O próximo passo é o uso de medidas matemáticas para comparar as imagens sintéticas com as reais e que também podem ser utilizadas na técnica Radiomics, que é responsável por extrair características quantitativas das imagens com as quais se consegue uma ferramenta preditiva para este tipo de cancro no cérebro, acrescentou. "Este método pode facilitar um melhor planeamento do tratamento ou cirurgia", salientou a investigadora.

A geração destas imagens vai permitir reduzir a duração das imagens de ressonância magnética, substituir as de qualidade degradada "e também gerar bases de dados que ajudem a diagnosticar a doença", prosseguiu. "Durante a realização desse tipo de exame, o paciente deve permanecer totalmente imóvel, o que para algumas pessoas com claustrofobia ou crianças, é bastante desconfortável", apontou.

Esta nova técnica proporciona um maior conforto e também reduz custos, pois seriam necessárias apenas duas imagens de ressonância magnética, "já que o restante pode ser gerado sinteticamente, o que reduziria o tempo naquela máquina", adiantou ainda.

Leia Também: Aversão a estes alimentos pode ser sinal precoce de cancro

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