Cinco dias depois, ainda não houve contacto com os 12 jovens e o seu treinador de 25 anos de idade, desaparecidos numa caverna na Tailândia desde o último sábado à tarde. Ao quinto dia, as operações de busca tiveram de ser interrompidas de novo por causa das inundações decorrentes das fortes chuvas que se fazem sentir.
A subida da água lamacenta até ao teto de uma das câmaras do complexo de cavernas (Tham Luang) impediu, novamente, os mergulhadores da marinha de avançar até ao local onde se julga estarem os rapazes, com idades compreendidas entre os 11 e os 16 anos, e o seu treinador, diz o Guardian.
Os esforços têm sido feitos no sentido de drenar a água que se encontra no interior das grutas mas, de acordo com os mergulhadores, há zonas onde o nível de água subia cerca de 15 centímetros por hora. “Temos de conseguir drenar a água mais rápido”, indicou Narongsak Osatanakorn, governador da província de Chiang Rai.
São já exploradas outras formas de aceder às câmaras do complexo que estão bloqueadas, como fissuras na montanha, um esforço que para já ainda não deu frutos.
“Ainda temos esperança. Todas as agências estão a dar o seu melhor. Temos o desafio do nível da água que continua a subir. Estamos a juntar mais bombas de drenagem para diminuir o nível e permitir que as forças SEAL possam trabalhar”, afirmou o chefe do exército, general Chalermchai Sittisart.
Já foi estendida uma linha elétrica com um quilómetro, bem como linhas de comunicação na caverna, que permitiram encontrar pegadas e impressões no interior do complexo, algo que renovou de certa forma a esperança de encontrar os jovens e o treinador com vida. As autoridades têm esperança de que tenham descoberto um espaço seguro que os mantenha longe das inundações.
O exército norte-americano também se prepara para ajudar com mais meios. O Comando Pacífico das Forças Armadas (US Indo-Pacific Command), sediado no Havai, enviou na quarta-feira uma equipa de operações especiais depois de um pedido de ajuda, segundo confirmou uma fonte governamental norte-americana ao Guardian. Há equipas de resgate americanas e britânicas envolvidas nos esforços, sublinhe-se.
Em torno do local onde se realizam as buscas, o aparato é gigantesco: bombeiros, ambulâncias, polícia, exército, jornalistas. Os familiares também se concentram no teatro de operações, revezando-se em orações e gritando os nomes dos seus filhos.
