Covid-19. Seul condena medidas de quarentena impostas por Tóquio

As autoridades sul-coreanas vão convocar o embaixador japonês para protestar contra as medidas "irracionais" de quarentena impostas, devido ao surto do novo coronavírus, às pessoas que chegam ao Japão através da Coreia do Sul.

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Lusa
06/03/2020 06:25 ‧ 06/03/2020 por Lusa

Mundo

Covid-19

Na quinta-feira, o primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, anunciou que qualquer pessoa que chegasse ao arquipélago e tivesse estado recentemente na China ou na Coreia do Sul deveria passar 14 dias em quarentena.

Em comunicado, o Ministério das Relações Exteriores da Coreia do Sul instou Tóquio a rever essas medidas "irracionais e excessivas", acrescentando que convocou o embaixador japonês para abordar etsa matéria.

"Não podemos deixar de pensar se o Japão tem segundas intenções além de tentar conter a epidemia", lê-se no comunicado.

A Coreia do Sul acrescentou que pondera tomar medidas retaliatórias e que está a estudar "todas as opções possíveis" para garantir a segurança dos seus cidadãos.

A Coreia do Sul é o segundo país com mais casos de Covid-19 no mundo depois da China, e é também o país que regista mais novos casos da doença todos os dias.

As autoridades de saúde sul-coreanas anunciaram hoje 518 novos casos de contágio pelo novo coronavírus, elevando para 6.284 o total de infetados no país, onde já morreram 42 pessoas com a doença Covid-19.

O Japão tem 360 casos confirmados e seis mortes.

O surto de Covid-19, que pode causar infeções respiratórias como pneumonia, provocou mais de 3.450 mortos e infetou mais de 97 mil pessoas em 85 países, incluindo nove em Portugal.

Até à meia-noite de sexta-feira (16:00 horas de quinta-feira, em Lisboa), a China continental, que exclui Macau e Hong Kong, somava, no total, 3.042 mortes e 80.552 casos de infeção, mais de 80% do conjunto global em todo o mundo, apesar dos surtos recentes em Itália, Irão, Coreia do Sul e Japão.

A China informou que mais de 53.700 pessoas receberam alta no país desde o início do surto.

Além dos 3.042 mortos na China Continental, há registo de vítimas mortais no Irão, Itália, Coreia do Sul, Japão, França, Hong Kong, Taiwan, Austrália, Tailândia, Estados Unidos, Filipinas, Espanha, Reino Unido e Iraque.

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