O presidente peruano, Martin Vizcarra, anunciou hoje as medidas após aprovação na sessão do Conselho de Ministros do decreto que estende a quarentena que está em vigor desde 16 de março, o que significa que o confinamento no Peru irá durar três meses e meio.
O país sul-americano, segundo noticia a agência EFE, tem 111.698 casos de infetados e 3.244 mortes por covid-19.
Nesta nova fase, irá manter-se o recolher obrigatório à noite, o fecho das fronteiras e a proibição do transporte de passageiros a nível interno, quer terrestre quer aéreo.
Há, no entanto, a reativação de alguns setores, que se juntam aos essenciais que já funcionavam desde o início do Estado de Emergência.
Após os restaurantes terem sido autorizados, há duas semanas, a vender comida para fora, também os restantes comércios irão poder fazê-lo, permitindo para isso a retoma das aplicações móveis que realizam esse tipo de serviços, desde que cumpram os protocolos estabelecidos pelo ministério da Saúde.
Ao mesmo tempo podem reiniciar-se atividades de serviços de manutenção, como carpinteiros, canalizadores e eletricistas, assim como cabeleireiros ou dentistas.
Também foi anunciado o regresso do futebol profissional, com a retoma da I Liga do Peru, embora sem público nas bancadas.
"Nada vai ser igual daqui em diante. Temos de aprender como pessoas e como cidadãos a passar para um novo tipo de convivência", destacou Martin Vizcarra.
A ministra da Economia e Finanças, Maria Antonieta Alva, lembrou que a quarentena no Peru "foi uma das mais agressivas" naquela zona, o que levou a economia a funcionar apenas a 44%, algo que se irá refletir "de forma evidente nos números do crescimento económico".
"A ideia é que a reativação económica seja progressiva e se sinta pouco a pouco nos 'bolsos' das empresas e das pessoas", acrescentou Maria Antonieta Alva.
A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 335 mil mortos e infetou mais de 5,1 milhões de pessoas em 196 países e territórios.
Mais de 1,9 milhões de doentes foram considerados curados.
Por regiões, a Europa soma mais de 172 mil mortos (quase dois milhões de casos), Estados Unidos e Canadá quase 102 mil mortos (mais de 1,6 milhões de casos), América Latina e Caribe mais de 36.000 mortos (mais de 651 mil casos), Ásia perto de 13.500 mortos (mais de 414 mil casos), Médio Oriente mais de 8.600 mortos (mais de 325 mil casos), África mais de 3.100 mortos (mais de 101.700 casos) e Oceânia com 129 mortos (mais de 8.400 casos).