México perdeu um milhão de empregos formais desde início da crise
O México perdeu um milhão de empregos formais desde o início da crise de covid-19, indicou hoje o Instituto Mexicano da Segurança Social (IMSS), reportando, num comunicado, os dados referentes a maio.
© Reuters
Mundo Covid-19
Ao anunciar os números, o IMSS indicou que, em maio, perderam-se 344.526 postos de trabalho, que se somam aos 555.247 desempregados em abril e aos 198.033 registados entre 13 e 31 de março, o que perfaz um total de 1.097.086.
No entanto, o instituto adiantou que a redução do emprego de janeiro a maio é de 838.272 postos de trabalho, face ao total de empregos criados nos dois primeiros meses do ano e nos 13 dias de março.
O IMSS atribuiu a queda de maio "aos efeitos ligados à emergência sanitária" que o Governo mexicano decretou a 30 de março, quando suspendeu s atividades não essenciais por causa do novo coronavírus, que já infetou quase 134.000 e provocou quase 16.000 mortes.
Quarta-feira, numa conferência de imprensa matinal, o Presidente mexicano, Andrés Manuel López Obrador, disse que se prevê uma recuperação do emprego em junho, tendo como pano de fundo o "plano económico da nova normalidade".
"Espero que este mês de junho a perda de empregos seja muito menor e o meu prognóstico é de que, em agosto, setembro, outubro, novembro e dezembro possamos criar empregos", afirmou.
Hoje, no comunicado, o IMSS indicou ter registado em finais de março 1958 milhões de inscrições nos centros de emprego, contra os 20,42 milhões existentes em dezembro de 2019, depois de terem sido criados ao longo desse ano 342.077 empregos.
Devido à crise sanitária, 12,5 milhões de pessoas ficaram sem trabalho ou sem rendimentos em abril.
Desse total, 12 milhões abandonaram a "população económica ativa", pelo que a taxa de desemprego subiu 4,7%.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de 421 mil mortos e infetou mais de 7,5 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
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