Violação de estado de emergência leva a 2.666 detenções em Moçambique

A polícia moçambicana deteve um total de 2.666 pessoas pelo crime de desobediência durante o estado de emergência que vigora no país desde 01 de abril para prevenção do novo coronavírus, anunciou hoje a corporação.

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Lusa
12/06/2020 20:50 ‧ 12/06/2020 por Lusa

Mundo

Covid-19

 

Os casos estão relacionados com encerramento tardio de estabelecimentos comerciais, venda e consumo de bebidas alcoólicas, aglomeração e circulação massiva de pessoas "sem propósito relevante", detalhou o porta-voz da Polícia da República de Moçambique (PRM), Orlando Mudumane.

"Apelamos aos pais a velarem pela permanência das crianças em casa, contrariamente ao que se tem registado em todo o país", acrescentou.

A polícia moçambicana apreendeu ainda um total de 524 viaturas e 542 mototáxis (motorizadas usadas para transporte de passageiros, principalmente no centro e norte de Moçambique) por violação de normas de transporte.

Apesar do número de apreensões, a polícia refere que o nível de criminalidade e acidentes de viação no país baixou quando comparado com o mesmo período de 2019.

A PRM registou 1.454 casos de criminalidade desde 01 de abril até hoje, contra 1.551 em igual período de 2019, 78 acidentes de viação face 111 e 66 óbitos contra 84 em consequência de acidentes de viação.

Moçambique vive em estado de emergência desde 01 de abril, prorrogado por duas vezes até 29 de junho.

Estão em vigor várias restrições: todas as escolas estão encerradas, espaços de diversão e lazer também estão fechados, estão proibidos todo o tipo de eventos e de aglomerações, recomendando-se à população que fique em casa, se não tiver motivos essenciais para tratar.

O país conta com 509 casos de covid-19, dois óbitos e 145 recuperados.

A pandemia de covid-19 já provocou mais de 421 mil mortos e infetou mais de 7,5 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

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