Nomeada para o STJ dos EUA garante que não tem agenda pessoal
A nomeada por Donald Trump para o Supremo Tribunal dos EUA, Amy Barrett, rebateu hoje o ceticismo dos democratas sobre aborto, armas e disputas eleitorais, garantindo que não trará nenhuma agenda pessoal e que decidirá os casos conforme surgirem.
© Getty Images
Mundo Amy Barrett
Amy Barrett, de 48 anos, respondia às questões dos senadores no segundo dia de audiências do Senado para avaliar a juíza de 48 anos, apontada pelo Presidente norte-americano, Donald Trump, para suceder à falecida Ruth Bader Ginsburg.
A nomeada, juíza do Tribunal de Apelação, manifestou opiniões conservadoras com linguagem frequentemente coloquial, mas recusou responder a vários pormenores, negando-se a responder se recusaria qualquer caso relacionado com as eleições envolvendo Trump, que está a pressionar para que Barrett seja confirmada antes da eleição presidencial de 03 de novembro.
"Os juízes não podem simplesmente acordar um dia e dizer que tenho uma agenda - Eu gosto de armas ou odeio armas, eu gosto do aborto ou odeio o aborto. Não posso entrar como uma rainha e impor a minha vontade ao mundo", disse a nomeada perante o Comité Judiciário do Senado.
"Esta não é a lei de Amy. Esta é a lei do povo norte-americano", acrescentaria mais tarde.
Trump já argumentou que quer um Supremo Tribunal de nove membros completo para quaisquer disputas decorrentes das eleições presidenciais frente ao democrata Joe Biden.
A esse propósito, Barrett testemunhou que não falou com Trump ou com algum membro influente da Casa Branca, argumentando que, se o tivesse feito, tal constituiria uma "violação grosseira" da independência judicial.
Pressionada pelo painel de senadores democratas, refere a agência noticiosa Associated Press (AP), a nomeada declinou comentar "se se recusaria a recusar" os casos de disputas pós-eleitorais.
"Não posso dar uma opinião sobre a recusa sem causar um curto-circuito em todo o processo", respondeu.
O Senado dos Estados Unidos iniciou segunda-feira a audiência da Barrett, com os democratas a oporem-se à nomeação de Trump.
Barrett foi escolhida pelo Presidente republicano para suceder à icónica juíza progressista Ruth Bader Ginsburg, que morreu no mês passado, consolidando a maioria conservadora do Supremo Tribunal.
Os democratas consideram que a escolha do novo juiz deveria ser feita pelo Presidente que vier a ser escolhido nas eleições de 03 de novembro, mas Trump insistiu que o Senado, com maioria republicana, deve aprovar a escolha de Barrett antes do ato eleitoral.
De acordo com a Constituição, é precisa a aprovação do Senado para entrar no Supremo Tribunal, onde cinco dos nove juízes são conservadores.
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