Dados hoje divulgados pelo EASO, revelam que, devido à pandemia de covid-19 e às restrições adotadas, "desde o início de 2020, foram apresentados 295.075 pedidos de asilo na UE [e Noruega e Suíça], uma diminuição de 31% em comparação com o mesmo período em 2019".
"Isto indica que as restrições à mobilidade e as medidas de emergência pandémicas ainda estão a afetar o número de pedidos apresentados às autoridades nacionais de asilo", observa o gabinete em nota de imprensa.
Só em agosto registaram-se pouco mais de 40 mil pedidos de asilo à UE, número que compara com um total de 43 mil em julho e com os 65.692 registados em janeiro passado.
"Apesar de um aumento gradual dos pedidos de asilo desde a flexibilização inicial das restrições de viagem", estes números continuam "significativamente abaixo dos níveis anteriores à covid-19", aponta o EASO.
Além disso, segundo esta gabinete europeu, "a atual situação de saúde pública torna extremamente difícil fazer previsões precisas sobre a situação da UE em matéria de asilo nos próximos meses", ainda que a estrutura estime que os pedidos "permaneçam a níveis mais baixos do que nos últimos tempos", nomeadamente devido às restrições às viagens, dentro e fora da UE.
Relativamente às nacionalidades, em agosto, os sírios (5.394) e os afegãos (3.800) continuaram a ser os que apresentaram maior número de pedidos de asilo, seguidos por venezuelanos (3.600) e colombianos (3.300), de acordo com o EASO.
Ainda neste mês, 26% dos pedidos receberam uma decisão positiva, enquanto em julho esta percentagem era de 23%. Em média, entre janeiro e agosto de 2020 esta taxa foi de 31%.