"Anuncio-vos que o Governo revogou as autorizações de exportação de mísseis e de bombas para a Arábia Saudita e os Emirados Árabes Unidos", indicou hoje através da rede social Twitter o ministro dos Negócios Estrangeiros italiano, Luigi Di Maio.
A organização não-governamental "Rede para a paz e o desarmamento" precisa que estão em causa12.700 bombas e mísseis italianos que já não partirão para aqueles dois países árabes.
O Governo italiano já tinha suspendido as autorizações de exportação do armamento em julho de 2019.
"Interromper simplesmente o fornecimento de mísseis e bombas aéreas para a Arábia Saudita e os Emirados Árabes Unidos não chega para acabar com a guerra no Iémen e aliviar o sofrimento de uma população exausta com o conflito, a fome e as doenças, mas constitui um passo necessário para criar as condições para a paz", adianta a ONG.
Esta decisão do Governo italiano "acaba com a possibilidade de milhares de artefactos explosivos fabricados em Itália poderem atingir estruturas civis, causar baixas entre a população e contribuir para agravar a já difícil situação humanitária neste país", congratulou-se a organização.
O conflito no Iémen opõe há seis anos os rebeldes Huthis, apoiados pelo Irão, ao governo, ajudado desde 2015 por uma coligação militar dirigida pela Arábia Saudita e da qual os Emirados fazem parte.
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