Os manifestantes, na sua maioria membros da organização 'Islami Andolan Bangladesh', reuniram-se no exterior da mesquita Baitul Mukarram, após as orações realizadas hoje, alusivas ao Eid al-Fir, celebração que marca o fim do Ramadão.
"Queremos justiça para os palestinianos inocentes mortos por Israel. Também exigimos uma resposta unificada dos Estados muçulmanos e que tudo seja feito para garantir o julgamento dos terroristas israelitas", disse Mufti Faruk, um dos manifestantes, à agência espanhola de notícias Efe.
Entre os cartazes presentes nos protestos, estavam pedidos de boicote ao Estado de Israel, bem como apelos para "levar Israel a julgamento perante a Comissão Internacional de Juristas (ICJ, na sigla em inglês)".
O chefe de operações na esquadra de Paltan da capital bangladeshiana, Hironmay Baruri, afirmou que o protesto atraiu cerca de 2.000 muçulmanos e que se tratou de uma "manifestação pacífica".
O Bangladesh, onde 90% da população é muçulmana, não reconhece Israel e não tem laços diplomáticos com o país.
O exército israelita confirmou hoje que continuará a atacar os alvos na Faixa de Gaza e planeia levar a cabo uma ofensiva terrestre.
Os atuais combates provocaram já mais de uma centena de mortos, maioritariamente do lado palestiniano, e são considerados os mais graves desde 2014.
Os combates começaram em 10 de maio, após semanas de tensões entre israelitas e palestinianos em Jerusalém Oriental, que culminaram com confrontos na Esplanada das Mesquitas, o terceiro lugar sagrado do islão junto ao local mais sagrado do judaísmo.
Ao lançamento maciço de 'rockets' por grupos armados em Gaza em direção a Israel opõe-se o bombardeamento sistemático por forças israelitas contra a Faixa de Gaza.
O conflito israelo-palestiniano remonta à fundação do Estado de Israel, cuja independência foi proclamada em 14 de maio de 1948.
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