"Lamentamos profundamente que a nossa observação das próximas eleições na Rússia não seja possível", declarou o diretor do Gabinete das Instituições Democráticas e dos Direitos Humanos (BIDDH) da OSCE, Matteo Mecacci, em comunicado, indicando que "a capacidade de determinar de forma independente o número de observadores" é "essencial para qualquer observação internacional".
Segundo Mecacci, a Rússia limitou o número de observadores do BIDDH e da Assembleia Parlamentar da OSCE a 60 pessoas no total, invocando a situação sanitária devido à pandemia, quando "neste momento, nenhuma restrição de entrada relacionada com a pandemia ou qualquer regra respeitante às operações e deslocações no interior do país parecem impedir o envio de uma missão completa de observação das eleições, em conformidade com a avaliação inicial do BIDDH".
O BIDDH estima que para observar as eleições legislativas na Rússia, marcadas para 17 a 19 de setembro, deverá enviar, no total, 500 observadores para missões a longo e a curto prazo.
"Estou muito desiludido com o facto de as limitações impostas pelas autoridades nacionais impedirem a OSCE de fornecer aos eleitores russos uma avaliação transparente e fiável das suas eleições, como fazemos regularmente desde 1993", declarou a presidente da Assembleia Parlamentar da OSCE, Margareta Cederfelt, segundo o comunicado.
A limitação do número de observadores "não permite simplesmente fazer o trabalho de forma eficaz e aprofundada", acrescentou a responsável.
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