As primeiras primárias organizadas pela oposição na Hungria tiveram de ser interrompidas no sábado duas horas após o seu início devido a um afluxo de ligações que causou uma sobrecarga do sistema informático e a paragem da votação eletrónica.
Os dirigentes da oposição culparam imediatamente Orban e o seu governo, considerando que eles "tinham medo de ver pessoas a exprimir a sua opinião em massa", e prometeram que o processo seria retomado na segunda-feira.
O partido de Orban, o Fidesz, respondeu hoje, pedindo à oposição para "não culpar os outros pela (sua) incompetência".
No mesmo sentido, o principal diário pró-governamental, o Magiar Nemzet, falou de "puro amadorismo" e de "enormes problemas de organização" no processo da oposição.
A maioria dos media pró-governamentais ignorou aquelas primárias.
Trata-se da primeira vez que a oposição húngara decide unir-se para apresentar candidatos únicos contra Orban. Até agora a sua dispersão tem permitido as sucessivas vitórias do primeiro-ministro ultranacionalista.
Estimulados por eleições municipais promissoras em 2019 e sondagens favoráveis, seis partidos desde a esquerda aos nacionalistas aliaram-se para tentar derrotar o chefe de governo cessante nas legislativas de abril de 2022.
As primárias visam escolher entre cinco candidatos o que disputará o cargo de primeiro-ministro, assim como os candidatos a cada um dos círculos eleitorais.
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