Eleições regionais e legislativas na Venezuela adiadas para 25 de maio

O Concelho Nacional Eleitoral da Venezuela (CNE) adiou hoje de 27 de abril para 25 de maio de 2025, a data das próximas eleições regionais e para a Assembleia Nacional (AN, parlamento).

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Lusa
19/02/2025 19:24 ‧ há 2 dias por Lusa

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"O CNE informa o povo venezuelano que (...) decidiu fixar uma nova data para a eleição dos governadores [de regiões], da AN e dos membros dos Conselhos Legislativos dos estados, com a intenção de facilitar e promover a participação dos diferentes atores da sociedade, ficando marcada para 25 de maio", anunciou o presidente do CNE, Elvis Amoroso, numa comunicação transmitida pelo canal estatal VTV.

 

Segundo Elvis Amoroso, a reprogramação da data foi feita "a pedido de diferentes atores da vida democrática do país que decidiram participar plena e ativamente no processo eleitoral".

Em 27 de janeiro de 2025, o CNE, controlado pelo regime de Nicolás Maduro, anunciou a realização de eleições legislativas e regionais no dia 27 de abril, que a oposição prometeu boicotar.

"O poder eleitoral da República Bolivariana da Venezuela ratifica o seu compromisso de garantir o direito ao sufrágio e à participação política, bem como de tornar efetivos os princípios de transparência, igualdade, fiabilidade, imparcialidade e eficiência dos processos eleitorais estabelecidos no artigo 293", disse o presidente do CNE.

Desde 2021, o regime liderado por Nicolás Maduro tem a maioria dos 277 lugares da Assembleia Nacional unicameral do país latino-americano.

Até agora, o órgão eleitoral não comprovou a veracidade dos resultados das presidenciais de 28 de julho, em que atribuiu a vitória a Nicolás Maduro, sem que tenha apresentado as atas eleitorais, apesar dos pedidos insistentes da comunidade internacional e da oposição, que reivindica o triunfo.

Segundo o CNE todos os partidos e candidatos que participam nas eleições previstas para este ano devem assinar um documento em que se comprometem a respeitar e acatar os "resultados emitidos pelo Conselho Nacional Eleitoral como poder constitucional da República", sem assegurar se serão comprovados com uma publicação detalhada dos resultados ou com as atas.

A líder da oposição, María Corina Machado, anunciou, dois dias depois, que até que o resultado das eleições presidenciais, em que insiste que o vencedor foi Edmundo González Urrutia, "entre em vigor", não é apropriado participar em "eleições de qualquer tipo".

Maduro foi empossado a 10 de janeiro no parlamento como Presidente da Venezuela para um terceiro mandato (2025-2031), depois de ter sido declarado vencedor das eleições de 28 de julho pelo CNE, mas até agora o calendário oficial não foi totalmente cumprido, uma vez que não são conhecidos os resultados por centro de votação e por mesa de voto, tal como estabelecido pelo próprio organismo eleitoral.

A oposição maioritária na Venezuela, agrupada na Plataforma Democrática Unida, afirma ter recolhido "85% dos registos eleitorais", publicados num site, como prova da vitória de González Urrutia, apesar de o regime os classificar como "falsos".

O anúncio dos resultados foi objeto de protestos nas ruas, fortemente reprimidos pelas forças de segurança, violência que resultou em 27 mortos e 192 feridos, tendo as autoridades venezuelanas detido mais de 2.400 pessoas, segundo dados oficiais.

Leia Também: Comunistas venezuelanos fora das eleições de abril por falta de garantias

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