"O exercício está a ser conduzido do início ao fim de forma segura, padronizada e profissional e está de acordo com as leis e práticas internacionais", disse hoje Guo Jiakun, porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da China, numa conferência de imprensa.
A ministra dos Negócios Estrangeiros da Austrália, Penny Wong, manifestou hoje preocupação com os exercícios com fogo real efetuados por três navios de guerra chineses ao largo da costa leste do país.
Penny Wong declarou estar preocupada com a falta de transparência à volta desses "exercícios de fogo real" e que iria abordar "as preocupações" com Pequim.
"Vamos discutir o assunto com os chineses", disse à emissora australiana ABC a partir de Joanesburgo, na África do Sul, onde se encontra a participar numa reunião do G20.
Os exercícios desencadearam um aviso da agência de segurança aérea da Austrália, obrigando alguns voos comerciais a mudar de rota.
O Ministério da Defesa australiano tem estado a acompanhar os navios da marinha chinesa - uma fragata, um cruzador e um navio-tanque de reabastecimento - desde que foram avistados em águas internacionais na semana passada.
Embora os navios estejam a navegar em águas internacionais, as autoridades da Austrália descreveram a presença como invulgar.
A Austrália acusou um caça chinês, em 13 de fevereiro, de comportamento perigoso perto de uma das suas aeronaves militares no Mar do Sul da China, com Pequim a acusar Camberra de violar a sua soberania.
O avião estava numa patrulha de rotina quando um caça chinês Shenyang J-16 se aproximou e "lançou sinalizadores nas imediações", disse o ministério australiano.
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