Países europeus apelam a Israel para abandonar construção de colonatos

Doze países europeus apelaram hoje a Israel para abandonar o seu plano de construção de mais 3.000 novas casas para judeus na Cisjordânia ocupada, uma iniciativa também denunciada pelos Estados Unidos.

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Lusa
28/10/2021 15:15 ‧ 28/10/2021 por Lusa

Mundo

Israel

 

"Apelamos ao Governo de Israel a reverter a sua decisão", disseram os porta-vozes da diplomacia dos doze países (Alemanha, França, Bélgica, Espanha, Itália, Polónia, Suécia, Noruega, Finlândia, Dinamarca, Países Baixos e Irlanda) num comunicado de imprensa conjunto.

Os países reiteraram a sua "firme oposição à política de estender colonatos por todos os territórios palestinianos ocupados, o que constitui uma violação da lei internacional e prejudica os esforços por uma solução de dois Estados".

As licenças de construção aprovadas na quarta-feira referem-se a colonatos judeus de norte a sul da Cisjordânia.

Essa iniciativa havia sido fortemente criticada pelos Estados Unidos antes mesmo de sua validação pelas autoridades israelitas.

A expansão dos colonatos "é totalmente contrária aos esforços para reduzir as tensões e garantir a calma, e mina as perspetivas de uma solução de dois Estados", disse na terça-feira o porta-voz da diplomacia dos EUA, Ned Price.

Cerca de 475.000 judeus israelitas residem na Cisjordânia, um território ocupado onde vivem 2,8 milhões de palestinianos.

A construção de colonatos, ilegal segundo o direito internacional, tem continuado sob todos os Governos israelita desde 1967.

Os novos anúncios vêm no momento em que o Governo toma medidas paralelas para melhorar a vida dos palestinianos, sem abordar a delicada questão de relançar o processo de paz.

Os doze países europeus apelaram às duas partes para que continuem os seus esforços para "melhorar a sua cooperação e reduzir as tensões".

Leia Também: Israel aprova construção de três mil casas para colonos na Cisjordânia

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