O navio Euro, da Marinha italiana, salvou 482 pessoas, entre as quais 50 mulheres e 25 crianças, enquanto o navio patrulha Cigala Fulgosi recuperou 274 imigrantes do mar.
Duas embarcações da Capitania do porto salvaram mais de 200 pessoas, enquanto o navio militar San Giusto socorreu 97 pessoas antes de se dirigir a uma outra embarcação que transportava, pelo menos, 100 pessoas.
Isto, depois de a Marinha já ter salvado, na segunda-feira, aproximadamente 600 imigrantes sírios, palestinianos e eritreus, incluindo 62 menores de idade, que atravessaram o Mediterrâneo a bordo de dois barcos sobrecarregados.
Os imigrantes, entre os quais se contavam 103 mulheres, foram detetados por um avião de patrulha que integra a Operação "Mare Nostrum", lançada no ano passado pelas autoridades italianas para evitar novas tragédias, depois de o naufrágio de dois navios ter causado centenas de mortes em outubro
O chefe do Estado-maior da Defesa italiana, Luigi Binelli Mantelli, destacou que a operação "Mare Nostrum" -- o nome dado ao Mar Mediterrâneo na Roma Antiga -- "contribuiu significativamente para limitar o tráfico de seres humanos", ao passo que a agência da Organização das Nações Unidas (ONU) para os refugiados (ACNUR) a considerou "um exemplo a ser seguido por outros países".
Milhares de imigrantes continuam a chegar às costas da Itália todos os meses.
Desde o lançamento da operação, e antes de contar as ações de hoje, a Marinha realizou 76 missões, resgatando 10.134 migrantes, incluindo 1.019 menores de idade, todos a bordo de balsas.
Em janeiro, 2.156 imigrantes chegaram às costas da Itália, dez vezes mais do que em janeiro de 2013 (217). Dois imigrantes foram encontrados mortos em fevereiro a bordo do navio que os transportava.
De acordo com as agências de ajuda para imigrantes, entre 17.000 e 20.000 imigrantes morreram ao tentar chegar à Europa por mar ao longo dos últimos vinte anos.