Zelensky pede intervenção do Tribunal Penal Internacional contra Moscovo

A Ucrânia pediu ao Tribunal Penal Internacional que ordene a Moscovo que cesse as hostilidades, anunciou hoje o Presidente ucraniano.

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Lusa
27/02/2022 11:27 ‧ 27/02/2022 por Lusa

Mundo

Ucrânia

"Estamos a pedir uma decisão urgente ordenando à Rússia que pare a atividade militar, e esperamos que as audições comecem na próxima semana", escreveu Volodymyr Zelensky na sua conta na rede social Twitter.

Cerca de 368.000 refugiados fugiram dos combates na Ucrânia para os países vizinhos, desde a invasão russa desencadeada na quinta-feira, e o número continua a aumentar, indicaram hoje as Nações Unidas.

Este número "baseia-se nos dados fornecidos pelas autoridades nacionais", sublinhou o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados num tweet.

A República da Irlanda, Dinamarca e Bélgica vão fechar o seu espaço aéreo a todos os aviões russos devido à incursão militar da Rússia na Ucrânia.

A Áustria, país neutro que não integra a NATO, também está disponível para encerrar o seu espaço aéreo aos aviões russos, aguardando, contudo, uma decisão da reunião de hoje dos ministros dos Negócios Estrangeiros da União Europeia (UE).

A Rússia lançou na quinta-feira de madrugada uma ofensiva militar na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que já provocaram cerca de 200 mortos, incluindo civis, e mais de 1.100 feridos, em território ucraniano, segundo Kiev. A ONU deu conta de perto de 370 mil deslocados para a Polónia, Hungria, Moldávia e Roménia.

O Presidente russo, Vladimir Putin, disse que a "operação militar especial" na Ucrânia visa desmilitarizar o país vizinho e que era a única maneira de a Rússia se defender, precisando o Kremlin que a ofensiva durará o tempo necessário.

O ataque foi condenado pela generalidade da comunidade internacional e motivou reuniões de emergência de vários governos, incluindo o português, e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), UE e Conselho de Segurança da ONU, tendo sido aprovadas sanções em massa contra a Rússia.

Leia Também: Ucrânia. As "revoluções coloridas" e a vingança de Putin

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