"A entrada para este Estado deve ser encerrada em todos os portos, todos os canais e todos os aeroportos do mundo", salientou o chefe de Estado ucraniano num vídeo publicado na rede social Facebook.
Zelensky apelou também à comunidade internacional que "considere um encerramento total do céu para mísseis, aviões e helicópteros russos".
"Este mal, armado com mísseis, bombas e artilharia, deve ser detido imediatamente e destruído economicamente, para mostrar que a humanidade é capaz de se defender", realçou.
Na mesma mensagem de vídeo, o Presidente ucraniano pediu à Rússia para que "não perca tempo" na Ucrânia, assegurando que o bombardeamento dos russos não fará Kiev aceitar os termos de Moscovo para uma trégua.
A primeira ronda de negociações russo-ucranianas decorreu na segunda-feira "num contexto de bombardeamentos e tiros direcionados" à Ucrânia, apontou Zelensky.
"Acho que a Rússia está a tentar desta forma simplesmente pressionar" Kiev, acrescentou.
O Presidente ucraniano referiu que o seu país "não teve o resultado que gostaria de ter" no final da primeira ronda de negociações, mas garantiu que transmitiu as "contraproposta" da Ucrânia aos russos, que diz pretenderem "terminar em guerra".
As delegações ucraniana e russa terminaram as conversações que realizaram ao longo do dia de segunda-feira na Bielorrússia, e admitiram um novo encontro "em breve".
"As partes estabeleceram uma série de prioridades e questões que requerem determinadas decisões" antes de uma segunda ronda de conversações, disse Mikhail Podoliak, um dos negociadores ucranianos, citado pela agência AFP.
O seu homólogo russo, Vladimir Medinsky, disse que o novo encontro terá lugar "em breve" na fronteira entre a Polónia e a Bielorrússia.
A Rússia lançou na quinta-feira de madrugada uma ofensiva militar na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que já mataram mais de 350 civis, incluindo crianças, segundo Kiev. A ONU deu conta de mais de 100 mil deslocados e quase 500 mil refugiados na Polónia, Hungria, Moldova e Roménia.
O Presidente russo, Vladimir Putin, disse que a "operação militar especial" na Ucrânia visa desmilitarizar o país vizinho e que era a única maneira de a Rússia se defender, precisando o Kremlin que a ofensiva durará o tempo necessário.
O ataque foi condenado pela generalidade da comunidade internacional e a União Europeia e os Estados Unidos, entre outros, responderam com o envio de armas e munições para a Ucrânia e o reforço de sanções para isolar ainda mais Moscovo.
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