"Como parte da campanha 'Stand Up For Ukraine', a Comissão Europeia criou um novo sistema para canalizar doações em espécie do setor privado para a Ucrânia, Moldávia e Estados-membros da UE, para ajudar a satisfazer as necessidades dos deslocados internos e refugiados", anuncia a instituição em comunicado.
Bruxelas explica que caberá à União Europeia (UE) "coordenar a entrega de donativos em espécie em grande escala de artigos vitais como medicamentos, vacinas, equipamento médico, tendas, camas e cobertores de emergência", após ofertas de privados.
Destacando que "estas doações podem ajudar a enfrentar o risco de epidemia e a proteger os mais vulneráveis, em particular as crianças", o executivo comunitário acrescenta que "as entregas serão efetuadas em cooperação com as autoridades belgas de proteção civil e através da reserva estratégica rescEU do Mecanismo de Proteção Civil da UE".
Previsto está ainda que a Autoridade da UE para a Preparação e Resposta a Emergências de Saúde (HERA) apoie o serviço de proteção civil europeu, assegurando vacinas infantis e outros fornecimentos médicos essenciais através do apoio da indústria farmacêutica e dos ministérios da saúde.
A instituição refere, ainda, que "as empresas podem também optar por doar outros artigos para melhorar as condições de vida dos deslocados internos e refugiados, tais como computadores portáteis, por exemplo".
A Comissão está em contacto direto com as autoridades de proteção civil ucranianas e dos países vizinhos e recebe atualizações contínuas de artigos necessários com urgência no terreno, pelo que fará a coordenação mediante as necessidades e as ofertas.
As entidades privadas que queiram doar bens para a Ucrânia devem contactar o seguinte endereço de correio eletrónico: ECHO-private-donations@ec.europa.eu
Após um primeiro contacto, os privados receberão um e-mail de aceitação das ofertas com instruções adicionais para organizar a entrega a um armazém temporário na UE.
Após receber estas doações de privados, a Comissão irá avaliá-las em conjunto com os países que solicitam a assistência para satisfazer as necessidades, visando assim assegurar que artigos necessários tenham prioridade para entrega.
Caberá ao executivo comunitário organizar e cobrir financeiramente a entrega dos artigos aos seus centros logísticos entretanto instalados próximos da Ucrânia, quer na Polónia, Roménia ou Eslováquia.
A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que matou pelo menos 1.151 civis, incluindo 103 crianças, e feriu 1.824, entre os quais 133 crianças, segundo os mais recentes dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real de vítimas civis ser muito maior.
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