Casa Branca considera invasão russa um "desastre estratégico"
Diretora de comunicações deixou claro que EUA querem ver uma redução "tangível" da agressão militar russa.
© Getty Images
Mundo Ucrânia/Rússia
A Casa Branca afirmou esta quinta-feira que a invasão russa foi um "desastre estratégico", acrescentando que a Rússia enfrentará novas sanções devido à guerra na Ucrânia.
Segundo a diretora de comunicações, Kate Bedingfield, citada pelo The Guardian, "o próprio Putin disse que estas sanções trouxeram custos sem precedentes para a economia russa", e garantiu que o papel dos norte-americanos é "continuar a fortalecer a Ucrânia no campo de batalha".
Bedingfield também afirmou que as ligações diplomáticas entre Biden e Putin não serão retomadas, enquanto os Estados Unidos não virem "uma redução da escalada da guerra tangível pela Rússia".
Os EUA anunciaram esta quinta-feira que 120 entidades da Rússia e da Bielorrússia (país que tem sido o braço direito de Putin e o principal apoiante da Rússia na guerra) serão sancionadas, sendo que estas entidades pertencem aos setores da defesa, do espaço e nos setores marítimos.
Depois da invasão, a Rússia tornou-se no país mais sancionado do mundo, ultrapassando o Irão, a Coreia do Norte e Cuba, com cerca de sete mil entidades, pessoas e empresas sancionadas pelo mundo fora.
A relação diplomática entre os dois presidentes também continua deteriorada, depois de Joe Biden ter sugerido uma mudança de regime no Kremlin, num discurso em Varsóvia.
A guerra na Ucrânia, que começou a 24 de fevereiro, já fez pelo menos 1200 mortos civis, segundo a Organização das Nações Unidas, que alerta que o número real de mortos poderá ser muito maior.
Os russos controlam apenas regiões a leste, a norte e na região da Crimeia, tendo falhado no objetivo de cercar Kyiv. A sul, a cidade de Mariupol continua cercada, tal como Kharkiv, a segunda maior cidade do país.
O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) registou mais de quatro milhões de refugiados desde que a guerra começou, com mais de dez milhões de ucranianos a fugirem das suas casas.
[Notícia atualizada às 23h21]
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