Putin alerta para "crise alimentar" global devido a sanções ocidentais

O Presidente da Rússia diz ainda que as sanções provocaram uma subida "em espiral" dos preços da energia.

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Notícias ao Minuto
05/04/2022 16:26 ‧ 05/04/2022 por Notícias ao Minuto

Mundo

Rússia/Ucrânia

O Presidente da Rússia, Vladimir Putin, afirmou esta terça-feira que a Rússia deve estar atenta às suas exportações de alimentos para "países hostis", noticia a Reuters. Isto porque, sustenta, as sanções impostas pelo Ocidente fomentaram uma crise alimentar global, bem como uma subida "em espiral" dos preços da energia.

O chefe de Estado da Rússia alertou que os preços mais elevados da energia, combinados com a falta de fertilizantes para a agricultura, podem obrigar o Ocidente a imprimir dinheiro para comprar provisões - o que pode resultar na escassez de alimentos nos países mais desfavorecidos.

"Eles irão, inevitavelmente, exacerbar a escassez de alimentos nas regiões mais pobres do mundo, estimular novas ondas de migração e, em geral, fazer subir ainda mais os preços dos alimentos", afirmou Vladimir Putin, numa reunião sobre o desenvolvimento da produção alimentar, aqui citado pela Reuters.

"Nas condições atuais, a escassez de fertilizantes no mercado global é inevitável", acrescentou ainda o Presidente da Rússia. "Teremos de ser mais cuidadosos com o abastecimento alimentar do estrangeiro e, especialmente, controlar cuidadosamente as exportações para países que são hostis."

É importante lembrar, a este propósito, que a Rússia é o maior exportador mundial de trigo, fornecendo-o especialmente a países de África e do Médio Oriente. É também um grande produtor de potássio, fosfato e fertilizantes à base de azoto - todos eles fundamentais para a prática da agricultura.

As sanções impostas pelo Ocidente à Rússia, na sequência da invasão de Moscovo sobre a Ucrânia, conduziram o país para a pior crise económica desde a queda da União Soviética em 1991 - apesar do Kremlin continuar a insistir que o impacto das mesmas podia ser bem mais significativo.

Leia Também: Biden chama "cruel" a Putin e pede julgamento a crimes de guerra

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