Negociações de paz entre a Rússia e a Ucrânia estão "em andamento"

A Rússia e a Ucrânia continuam sem chegar a um consenso quanto ao número de países que atuariam como “garantia de segurança” para a Ucrânia.

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© Emin Sansar/Anadolu Agency via Getty Images

Notícias ao Minuto
14/04/2022 11:46 ‧ 14/04/2022 por Notícias ao Minuto

Mundo

Guerra na Ucrânia

Mykhailo Podolyak, conselheiro presidencial ucraniano, revelou esta quinta-feira que as negociações para um possível cessar-fogo e acordo de paz entre a Rússia e a Ucrânia estão “em andamento”. No entanto, continuam sem chegar a um consenso quanto ao número de países que atuariam como “garantia de segurança” para a Ucrânia.

“Consultas sobre quais as obrigações legais que precisam de ser feitas, sobre como será em termos de um tratado multilateral, estão em andamento agora”, afirmou o conselheiro do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.

“Temos de entender que os russos categoricamente não querem aumentar o número de países que podem atuar como garantias de segurança. É importante para nós ter o maior número possível desses países”, sublinhou.

Sublinhe-se que o negociador-chefe da delegação da Ucrânia, David Arakhamia, revelou, após uma ronda de negociações em Istambul, que Kyiv estaria disposto a aceitar o estatuto de país neutral. Em troca pediu um “acordo internacional” para garantir a sua segurança, do qual vários países, que atuariam como fiadores, seriam signatários.  

"Insistimos que este é um acordo internacional que será assinado por todos aqueles países que sirvam de garantia de segurança. Queremos um mecanismo internacional de garantias de segurança onde esses países atuem de forma semelhante ao artigo 5º da NATO, e ainda com mais firmeza", afirmou Arakhamia, em conferência de imprensa, referindo-se ao ponto do tratado da aliança transatlântica que estipula que um ataque contra um dos seus membros é um ataque contra todos. 

Assinala-se, esta quinta-feira, o 50.º dia da invasão russa da Ucrânia. A ofensiva militar já matou cerca de dois mil civis, segundo dados apurados pela Organização das Nações Unidas (ONU), que alerta que o número real possa ser muito maior.

Leia Também: AO MINUTO: Rússia lança ameaças. "Nada de novo", responde PM

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