Eslováquia e Hungria não apoiarão sanções energéticas a Moscovo

A Eslováquia e a Hungria disseram hoje que não apoiarão sanções contra a energia russa que a União Europeia (UE) está a preparar, alegando que estão demasiado dependentes dela e que não têm alternativas.

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Lusa
03/05/2022 18:55 ‧ 03/05/2022 por Lusa

Mundo

Guerra na Ucrânia

A Comissão Europeia elaborou novas propostas de sanções contra Moscovo, por causa da invasão da Ucrânia, que podem incluir um embargo gradual ao petróleo russo, que os 27 países membros começarão a discutir na quarta-feira.

O chefe da diplomacia da UE, Josep Borrell, escreveu na rede social Twitter que a Comissão Europeia quer atingir mais bancos, atacar os responsáveis de espalhar desinformação sobre a guerra na Ucrânia e "atacar as importações de petróleo".

Em resposta, o ministro da Economia da Eslováquia, Richard Sulik, explicou que a única refinaria do país, a Slovnaft, não pode mudar imediatamente do petróleo russo para outro tipo de petróleo.

A Eslováquia está quase totalmente dependente do petróleo russo que recebe através do oleoduto Druzhba da era soviética.

A Hungria também é altamente dependente da energia russa, e o ministro dos Negócios Estrangeiros húngaro, Peter Szijjarto, já disse que o seu país não aprovará qualquer sanção "que torne impossível o transporte de gás natural ou petróleo da Rússia para a Hungria".

"Atualmente, é fisicamente impossível para a Hungria e para a sua economia funcionar sem o petróleo russo", explicou Szijjarto.

O primeiro-ministro húngaro, Viktor Orban, desenvolveu a reputação de aliado mais próximo do Presidente russo, Vladimir Putin, na UE e manteve profundos laços diplomáticos e económicos com Moscovo.

Apesar do desacordo entre os membros da UE sobre novas sanções energéticas, o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, prometeu "quebrar a máquina de guerra russa", afastando os países do continente do fornecimento de gás natural da Rússia.

A UE está a procurar garantir suprimentos alternativos à energia russa, dando prioridade às importações globais de gás natural liquefeito de países como Argélia, Qatar e Estados Unidos.

"Também estamos a sancionar a Rússia para colocar pressão financeira, económica e política sobre o Kremlin, porque o nosso objetivo é simples: temos de quebrar a máquina de guerra russa", disse Michel.

O gás natural que chega por navio está a tornar-se cada vez mais importante, à medida que os países da UE procuram afastar-se da energia russa.

Na semana passada, a Rússia cortou o gás natural à Bulgária e à Polónia, na sequência de uma exigência de garantia de pagamento em rublos.

Leia Também: Deputados portugueses convidados a irem ver 'in loco' crimes russos

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