O conselheiro de segurança nacional dos Estados Unidos, Jake Sullivan, referiu que ainda não é claro se o Irão já forneceu algum dos sistemas não tripulados à Rússia.
Mas adiantou que os norte-americanos têm "informações" que indicam que o Irão se está a preparar para treinar forças russas para utiliza-los ainda este mês.
"As nossas informações indicam que o governo iraniano está preparar-se para fornecer à Rússia até várias centenas de 'drones', incluindo 'drones' com capacidade para armas num cronograma acelerado", destacou Jake Sullivan em declarações aos jornalistas.
Sullivan salientou também que esta é a prova de que os bombardeamentos avassaladores da Rússia na Ucrânia, que a levaram a consolidar os ganhos no leste do país nas últimas semanas, estão a resultar "num custo para a manutenção das suas próprias armas".
A revelação do conselheiro da Casa Branca ocorre na véspera da viagem do Presidente Joe Biden a Israel e Arábia Saudita, onde o programa nuclear iraniano e as atividades de Teerão na região serão um tema em discussão.
Jaque Sullivan apontou ainda que o Irão forneceu veículos aéreos não tripulados semelhantes aos rebeldes houthis do Iémen para atacar a Arábia Saudita antes do cessar-fogo alcançado desde o início de março.
As forças de Moscovo fizeram progressos no leste da Ucrânia e já controlam a maior parte da região do Donbass, mas Kiev assegura que a sua contra-ofensiva no sul está a progredir e a ganhar intensidade.
O exército ucraniano anunciou esta segunda-feira a libertação da pequena cidade de Ivanivka, na região de Kherson.
Segundo os meios de comunicação ucranianos, o sucesso dos recentes ataques aos centros logísticos russos está relacionado com o uso de novas armas fornecidas pelos aliados ocidentais.
A generalidade da comunidade internacional condenou a Rússia por ter iniciado a guerra na Ucrânia, que entrou na segunda-feira no 138.º dia.
A União Europeia e vários países ocidentais têm decretado sucessivos pacotes de sanções contra a Rússia e fornecido armas à Ucrânia.
Desconhece-se o número exato de baixas civis e militares, mas diversas fontes, incluindo a ONU, têm alertado que será consideravelmente elevado.
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