A polícia italiana enganou-se e quase deteve o craque do AC Milan Tiémoué Bakayoko no passado dia 3 de julho no centro da cidade de Milão, momento que ficou gravado e tornou-se alvo de fortes críticas.
Após a divulgação do vídeo, muitos reagiram e debateram a situação. Em causa ficou o trabalho dos agentes que, nas redes sociais, por um lado, foram acusados de "racismo" e, por outro, de "desistir de tudo" ao perceber que era um futebolista reconhecido.
Também a Amnistia Internacional se pronunciou sobre o equívoco, no Twitter, onde escreveu: "As imagens da detenção de Bakayoko sugerem julgamento étnico", reiterando que se trata de "uma prática discriminatória que poderia ter consequências graves para uma pessoa desconhecida".
Le immagini del fermo di #Bakayoko fanno pensare a una profilazione etnica. Una pratica discriminatoria che su una persona non famosa avrebbe potuto avere conseguenze gravi.
— Amnesty Italia (@amnestyitalia) July 18, 2022
O incidente ocorreu, segundo a polícia, porque Bakayoko e quem o acompanhava no carro correspondiam à descrição de dois indivíduos procurados, devido a lutas com tiros na noite anterior, sendo que também tinham um SUV escuro, um deles seria negro e estaria a utilizar uma camisa verde.
O presidente da câmara de Milão, Giuseppe Room, admitiu ter visto o vídeo, mas afirmou não querer comentar para não "dizer coisas impróprias".
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