Governador de Kherson diz que forças ucranianas retomaram 46 localidades
As forças ucranianas retomaram 46 localidades na estratégica região de Kherson (sul) no âmbito da sua contraofensiva, garantiu hoje o governador local.
© ANDREY BORODULIN/AFP via Getty Images
Mundo Guerra na Ucrânia
"Até ao momento, 46 localidades ocupadas na região de Kherson foram libertadas", declarou à televisão estatal Dmytro Butry, governador da região de Kherson.
Segundo referiu, estas povoações situam-se na parte norte da região, na fronteira com Dnipropetrovsk, e na parte sul, junto à região de Mykolaiv, fortemente bombardeada.
Algumas das localidades retomadas "foram destruídas a 90% e permanecem sob constantes ataques".
A situação humanitária na região é crítica, declarou o governador, reiterando o apelo das autoridades aos que permanecem na região para "se retirarem em direção a regiões mais seguras".
No decurso dos primeiros dias da invasão desencadeada em 24 de fevereiro, as tropas russas apoderaram-se da quase totalidade desta região estratégica situada a norte da Crimeia, a península anexada por Moscovo em 2014.
Nas últimas semanas, o exército ucraniano, reforçado pela entrega de artilharia de longo alcance fornecida pelo ocidente, em particular os Estados Unidos, desencadeou uma contraofensiva.
As forças ucranianas bombardearam depósitos e posições militares russas e danificaram pontes utilizadas como vias de abastecimento cruciais para as tropas de Moscovo na cidade de Kherson.
Em julho, um responsável ucraniano prometeu que a província de Kherson seria retomada pelas forças ucranianas até setembro.
As forças russas entraram em Kherson, capital da província (oblast) com o mesmo nome, em 03 de março. Foi a primeira cidade importante conquistada pelos russos desde o início da invasão.
A Rússia lançou em fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já matou mais de 5.100 civis, segundo a ONU, que alerta para a probabilidade de o número real ser muito maior.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.
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