A região está "em negociações com os fornecedores" de vacinas mRNA, disse uma responsável do Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus dos Serviços de Saúde de Macau (SSM).
Leong Iek Hou disse, numa conferência de imprensa, que, "segundo a resposta dos fornecedores, o mais provável é que as vacinas estejam disponíveis em outubro ou novembro".
Neste momento, Macau dispõe apenas de vacinas inativadas da chinesa Sinopharm, para crianças com idade igual ou superior a 3 anos, e de vacinas de mRNA (da alemã BioNTech) para crianças com idades entre 5 e 11 anos.
O regulador norte-americano aprovou em junho a administração de emergência das vacinas mRNA contra a covid-19 da Pfizer e da Moderna em crianças a partir dos seis meses de idade.
Por outro lado, Leong Iek Hou garantiu que Macau não irá substituir o período de isolamento obrigatório em hotéis por quarentenas domiciliárias para quem chega do estrangeiro, uma medida esperada na região vizinha de Hong Kong.
Segundo fontes citadas pelo jornal South China Morning Post, o Governo de Hong Kong está a preparar o fim da quarentena em locais designados, substituindo-a por uma semana de "autovigilância médica" que pode ser feita em casa.
A responsável dos SSM defendeu que "eliminar a quarentena ou reduzir os dias de quarentena pode causar risco à nossa comunidade".
Leong Iek Hou admitiu que "90% dos casos são detetados nos primeiros dias" de quarentena, mas disse que reduzir o período de isolamento só depois de "analisar dados das regiões vizinhas e estudos científicos".
Ao contrário do que acontece para quem entra pela fronteira com a China, quem chega do estrangeiro ou de Hong Kong continua a ser obrigado a cumprir uma quarentena de sete dias num hotel, seguido de três dias de "autovigilância médica" que pode ser feita em casa.
Macau alargou, a partir de quarta-feira, de 48 horas para sete dias a validade do teste negativo da covid-19 exigido a quem apanha um voo na região, que também se aplica aos voos para Singapura e Taiwan, atualmente as únicas ligações ao estrangeiro.
Leong Iek Hou confirmou hoje que Macau está a preparar a retoma de voos com o Japão e o Vietname.
"Se fizermos uma inspeção sanitária rigorosa e uma gestão fechada nos hotéis, não vai causar muito risco na nossa comunidade", garantiu.
Macau segue a política de zero casos imposta por Pequim, apostando na testagem em massa da população e em confinamentos para evitar a propagação dos casos de covid-19.
A região administrativa especial chinesa enfrentou em junho e em julho o pior surto de covid-19. Desde o início da pandemia, registou seis mortos e 2.397 infetados (793 casos confirmados e 1.604 assintomáticos).
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