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Ucrânia. Rússia diz que novas sanções agravam problemas económicos da UE

A Rússia defendeu hoje que o nono pacote de sanções contra Moscovo, aprovado esta semana pela União Europeia (UE), apenas irá agravar os problemas económicos dos 27 países da comunidade.

Ucrânia. Rússia diz que novas sanções agravam problemas económicos da UE
Notícias ao Minuto

13:06 - 17/12/22 por Lusa

Mundo Guerra na Ucrânia

"O pacote atual terá o mesmo efeito dos anteriores: um agravamento dos problemas sociais e económicos na própria União Europeia", disse María Zakharova, porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros russo, em comunicado.

A diplomacia russa alega que a UE "não consegue sair deste círculo vicioso", lembrando a "futilidade" da política antirrussa, e avisando que os 27 países vão deparar-se com um "défice energético sem precedentes".

"As consequências dolorosas da política antirrussa da UE vão aumentar, e não sem a colaboração dos EUA, que participa como o principal beneficiário da crise de segurança no continente europeu e do colapso das relações económicas e comerciais entre a UE e a Rússia", explicou Zakharova, no comunicado.

Para a diplomacia russa, as sanções aplicadas a Moscovo causarão "danos significativos" aos países em desenvolvimento da África, Ásia e América Latina, que não podem competir por recursos com os países ocidentais.

Por isso, o Governo russo apela de novo à UE para levantar todas as restrições que afetam o fornecimento de cereais, alimentos e fertilizantes ao mercado mundial.

Zakharova aproveitou ainda para atacar a suspensão das licenças de quatro canais de televisão russos - NTV/NTV Mir, Rossiya 1, REN TV e Channel 1 -- argumentando que essa medida visa censurar meios de comunicação "incómodos" e que atenta contra a liberdade de expressão.

Na sexta-feira, a UE adotou formalmente o nono pacote de sanções à Rússia pela agressão militar à Ucrânia, que inclui medidas para dificultar o acesso das forças russas a 'drones' e desbloquear a exportação de fertilizantes.

Este pacote fora aprovado na quinta-feira à noite pelo Conselho da UE, ao nível de embaixadores dos 27, reunidos em paralelo à cimeira de chefes de Estado e de Governo celebrada também na quinta-feira em Bruxelas, e na qual foi aprovada a ajuda macrofinanceira à Ucrânia para 2023, num montante global de 18 mil milhões de euros.

Este nono pacote de sanções acrescenta à lista de visado mais 200 indivíduos e entidades, incluindo as Forças Armadas, assim como empresas de Defesa ligadas ao Kremlin (Presidência russa), membros do parlamento russo e do Conselho da Federação, ministros, governadores e partidos políticos.

Um total de 1.241 indivíduos e 118 entidades estão abrangidos na lista de sanções da UE, que abrangem congelamento de bens e proibição de viajar.

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