Não voltar a matar e violar. Os pedidos a ex-combatentes do Grupo Wagner
O Grupo Wagner esteve a recrutar milhares de homens nas prisões russas para combater na Ucrânia durante um período de seis meses, oferecendo-lhes em troca a promessa de liberdade.
© Mikhail Svetlov/Getty Images
Mundo Grupo Wagner
Yevgeny Prigozhin, fundador do grupo russo de mercenários Wagner, garantiu, esta quinta-feira, liberdade a um grupo de ex-condenados que esteve a combater na guerra na Ucrânia. No momento da ‘despedida’, o aliado do ex-presidente da Rússia, Vladimir Putin, pediu aos combatentes para não voltarem a matar, nem consumir drogas ou violar mulheres.
“Não bebam demais, não se droguem, não violem mulheres - [sexo] apenas por amor ou por dinheiro, como costumam dizer”, afirmou Prigozhin, segundo revela a agência de notícias Reuters, que cita imagens divulgadas pela agência russa RIA. “A polícia deverá tratar-vos com respeito”.
Sublinhe-se que, após a invasão russa da Ucrânia, iniciada a 24 de fevereiro de 2022, o Grupo Wagner esteve a recrutar milhares de homens nas prisões russas para combater na Ucrânia durante um período de seis meses, oferecendo-lhes em troca a promessa de liberdade.
“Aprenderam muito - primeiro que tudo: como matar o inimigo”, acrescentou o empresário russo. “Não quero mesmo que pratiquem essa habilidade em território proibido. Se quiserem voltar a matar o inimigo, regressem”.
O empresário russo, de 61 anos, admitiu, no final de setembro, ter fundado o grupo de mercenários Wagner em 2014 para lutar na Ucrânia. Após ter sido acusado por vários países ocidentais de ser o financiador do grupo paramilitar, Prigozhin reconheceu ainda que os seus mercenários estiveram envolvidos em conflitos em África e no Médio Oriente.
Na Rússia, é conhecido como o "cozinheiro de Putin", uma vez que os seus restaurantes e empresas de ‘catering’ são habitualmente responsáveis pela organização dos jantares do presidente russo.
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