Autoridades moçambicanas emitem alerta face a risco de inundações em Gaza

A Direção Nacional de Recursos Hídricos de Moçambique (DNGRH) emitiu um alerta máximo devido ao risco de inundações nas próximas 78 horas na província de Gaza, sul de Moçambique, anunciou hoje a entidade.

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Lusa
15/02/2023 13:15 ‧ 15/02/2023 por Lusa

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Moçambique

O alerta resulta da subida dos níveis da água do rio Limpopo devido a descargas que estão a ser efetuadas pela África do Sul, país vizinho, e a chuva intensa que se tem abatido sobre o sul de Moçambique, explicou o chefe do departamento de gestão da DNGRH, Agostinho Vilanculos, citado hoje pela Rádio Moçambique.

O alerta é extensivo a pelo menos três distritos, nomeadamente Chibuto, Guijá e Chokwe, regiões que normalmente sofrem com a subida do nível da água no rio Limpopo, o segundo maior da África Austral.

"A bacia do Limpopo é a que mais nos preocupa neste momento na região sul", frisou Agostinho Vilanculos.

As previsões da DNGRH apontam para precipitações de "grande volume" em Moçambique e na África do Sul nos próximos dois dias.

A ocorrência de inundações é recorrente nesta altura do ano em Moçambique, que está em plena época das chuvas, mas, ainda assim, a pluviosidade tem estado acima do esperado.

Na semana passada, a província de Maputo, também no sul, foi afetada por chuva intensa, intempéries que afetaram pelo menos 39 mil pessoas e provocaram nove óbitos, além de terem isolado o município de Boane, a pouco mais 30 quilómetros do centro da capital moçambicana.

A região sul de Moçambique enfrenta desde dia 07 de fevereiro uma situação de chuva intensa e cheias que já provocou a morte de nove pessoas e inundou 7.600 casas, provocando prejuízos a um total de 39.225 pessoas, segundo dados do Instituto Nacional de Gestão de Desastres.

Entre outubro e abril, Moçambique é ciclicamente atingido por cheias, fenómeno justificado pela sua localização geográfica, sujeita à passagem de tempestades e, ao mesmo tempo, a jusante da maioria das bacias hidrográficas da África Austral.

Leia Também: ONU quer resposta para travar "subida exponencial" da cólera em África

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