Numa intervenção em formato virtual na 2.ª Cimeira das Democracias do mundo, evento patrocinado pelos Estados Unidos, Zelensky assinalou que "a defesa pela democracia" no seu país deve contar com "todas as armas" para garantir a vitória sobre a Rússia.
"Quanto mais restrições forem impostas à defesa, mais baixas e destruição se produzirão", assegurou.
Zelensky também advertiu os países participantes na cimeira que a Rússia também está em guerra com esses Estados e "desde há muito tempo".
"Luta através da desinformação, da ingerência nas eleições, da espionagem (...) e de tentar desencadear uma crise energética", defendeu o chefe de Estado ucraniano.
A intervenção de Zelensky surge um dia depois do ministro dos Negócios Estrangeiros ucraniano, Dmytro Kuleba, ter pedido na mesma cimeira apoio ao plano de paz de Kiev para pôr termo ao conflito.
O chefe da diplomacia ucraniana recordou os dez pontos da proposta de Kiev, onde se incluem a segurança nuclear, a libertação dos presos ucranianos, a retirada das tropas russas e a restauração da soberania da Ucrânia.
Diversos líderes políticos participaram nesta iniciativa, a maioria através de discursos pré-gravados e de diversas áreas políticas, desde a chefe do Governo italiano, Giorgia Meloni, ao Presidente da Colômbia, Gustavo Petro.
O primeiro-ministro português, António Costa, o Presidente francês, Emmanuel Macron, o chanceler alemão, Olaf Scholz, e os chefes dos Governos britânico e israelita, Rishi Sunak e Benjamin Netanyahu, respetivamente, também participaram no evento.
A cimeira termina na sexta-feira com a intervenção do secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, do secretário de Segurança nacional, Alejandro Mayorkas, e de outros funcionários norte-americanos.
Além dos Estados Unidos, os outros anfitriões desta segunda edição da cimeira são a Costa Rica, a Coreia do Sul, a Zâmbia e os Países Baixos.
A guerra na Ucrânia é um dos principais temas da cimeira, juntamente com debates sobre economia, corrupção e luta contra o autoritarismo, entre outros.
A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro do ano passado, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A invasão russa - justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.
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