A polícia israelita deslocou-se em força para a Cidade Antiga de Jerusalém, local de atrito entre as três religiões monoteístas, na parte oriental anexada por Israel, tendo o dia decorrido sem grandes incidentes.
A região está novamente inflamada após o aumento da violência nos últimos dias depois de as forças israelitas terem, na quarta-feira, invadido a mesquita de Al-Aqsa, em Jerusalém, durante o Ramadão, provocando uma indignação generalizada.
Na noite de sábado, o exército israelita disse que tinha atingido a Síria, em resposta ao lançamento de 'rockets' contra a parte dos Montes Golã anexada por Israel.
Em Roma, o papa Francisco expressou "profunda preocupação com os ataques dos últimos dias" e pediu um clima de "confiança e respeito mútuo" para permitir a retomada do "diálogo entre israelitas e palestinos".
Em Jerusalém, várias centenas de fiéis participaram na missa pascal na basílica do Santo Sepulcro, no burburinho característico deste lugar santo disputado entre as diversas confissões cristãs.
Os serviços ortodoxos para o Domingo de Ramos foram realizados ao mesmo tempo nas igrejas e capelas adjacentes.
Um pouco mais adiante, milhares de judeus juntaram-se em frente ao Muro das Lamentações para a tradicional bênção dos sacerdotes.
Segundo um jornalista da AFP, mais de 500 judeus visitaram a esplanada das mesquitas na manhã de hoje, sob escolta policial, enquanto os muçulmanos ali rezavam o Ramadão, sem quaisquer confrontos.
Na quarta-feira, as forças israelitas invadiram duas vezes a mesquita de Al-Aqsa e expulsaram fiéis reunidos para as orações noturnas do Ramadão.
Israel diz que as forças de segurança foram "forçadas a agir para restaurar a ordem" perante "extremistas" barricados na mesquita com pedras e fogos-de-artifício que foram usados contra a polícia durante o ataque.
No dia seguinte, cerca de 30 'rockets' foram disparados do Líbano para Israel, ferindo uma pessoa e causando danos materiais. O exército israelita retaliou com ataques em Gaza e no sul do Líbano.
Na noite de sexta-feira, Israel anunciou a mobilização de unidades policiais de reserva e reforços militares, após um atentado com um carro-bomba em Tel Aviv que tirou a vida a um turista italiano e a duas irmãs anglo-israelitas, de 16 e 20 anos, na Cisjordânia.
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