Zelensky afirma na Finlândia que este ano será decisivo

O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, fez hoje uma visita surpresa à Finlândia, onde destacou que este ano, em que prometeu mais ofensivas contra a Rússia, será "decisivo para a Ucrânia e para a Europa".

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© Andrey Rudakov/Bloomberg via Getty Images

Lusa
03/05/2023 16:35 ‧ 03/05/2023 por Lusa

Mundo

Ucrânia

"Acredito que este ano será decisivo para nós, para a Europa, para a Ucrânia, decisivo para a vitória" sobre a Rússia, declarou o chefe de Estado ucraniano durante uma conferência de imprensa com o seu homólogo finlandês, Sauli Niinisto, à margem de uma cimeira dos países nórdicos.

O líder ucraniano felicitou a Finlândia, um país que faz fronteira com a Rússia, e que, após a invasão russa da Ucrânia, pediu a adesão à NATO, após décadas de neutralidade.

A Finlândia tornou-se o 31.º membro da Aliança Atlântica em abril passado.

A Ucrânia, que também pretende aderir à NATO, "precisa do mesmo nível de garantias de segurança", sublinhou.

Niinisto destacou, por seu lado, que era "muito importante" que "todos os países da NATO possam falar a uma só voz sobre este assunto" na cimeira da Aliança Atlântica agendada para Vilnius, Lituânia, em julho.

O dirigente finlandês voltou ao assunto do possível fornecimento à Ucrânia de caças F-18 norte-americanos ao serviço na Finlândia, mencionado anteriormente pela primeira-ministra finlandesa cessante Sanna Marin, referindo que tal não poderá ocorrer antes da entrega dos F-35 que os substituirão e que são esperados em 2025.

Mas Zelensky disse estar certo de que a Ucrânia obterá caças modernos -- em concreto F-16, que os países ocidentais ainda estão relutantes em fornecer - depois de provar a sua capacidade de realizar contraofensivas no terreno, tal como aconteceu na entrega de tanques de batalha modernos.

"Vamos realizar ações ofensivas e depois vamos conseguir aviões", afirmou.

Nesta passagem por Helsínquia, Zelensky também deve participar numa reunião com os primeiros-ministros da Suécia, Ulf Kristersson, da Noruega, Jonas Gahr Store, da Dinamarca, Mette Frederiksen, e da Islândia, Katrin Jakobsdottir.

"Para integrar a NATO e apoiar alianças para encontrar apoio, deve ser feito um trabalho diplomático fundamental. A Ucrânia está a fazer isso agora", escreveu Daria Zarivna, assessora do Presidente ucraniano, na plataforma Telegram.

Todos os países nórdicos prometeram apoio financeiro e militar à Ucrânia após a invasão russa em fevereiro de 2022.

Suécia, Dinamarca, Finlândia e Noruega também uniram esforços para fornecer armas pesadas à Ucrânia, doando alguns de seus próprios tanques Leopard 2 ou oferecendo verbas para comprá-los.

Na terça-feira, a Dinamarca anunciou o envio de ajuda militar no valor de 228 milhões de euros à Ucrânia para "reforçar a sua capacidade de realizar uma ofensiva nos próximos meses".

A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro do ano passado, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Leia Também: AO MINUTO: Santos Silva homenageou vítimas; Contraofensiva "já começou"

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