Biden confirmado no G7 no Japão mas resto da viagem depende da dívida

O Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, parte hoje para o Japão, para participar na cimeira do G7, mas a restante viagem pela região do Indo-Pacífico está dependente do resultado das negociações sobre o limite da dívida.

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Lusa
17/05/2023 06:38 ‧ 17/05/2023 por Lusa

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Biden

O porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, John Kirby, explicou esta terça-feira, em conferência de imprensa, que Biden parte esta quarta-feira para o Japão após a reunião com os líderes do Congresso norte-americano para resolver a questão do teto da dívida e evitar um incumprimento inédito dos EUA.

"Vamos avaliar o resto da viagem e vamos ver o que acontece, vamos ver como as coisas decorrem", referiu Kirby, que evitou adiantar cenários.

Biden tinha adiantado há uma semana que era "possível, embora não provável" que suspendesse a viagem ao Japão para ir à cimeira dos sete países mais industrializados do mundo, devido à necessidade de chegar a um acordo com os republicanos para evitar que o país entre em suspensão de pagamentos.

No entanto, a Casa Branca manteve a viagem do chefe de Estado norte-americano a Hiroshima.

Biden pretende participar na cimeira do G7, entre os dias 19 e 21 de maio e, posteriormente, planeia marcar presença no Fórum das Ilhas do Pacífico em Papua Nova Guiné em 22 de maio, antes de viajar para Sydney, para participar no Quad Summit (EUA, Austrália, Índia e Japão) em 24 de maio.

Sobre o G7, Kirby destacou que, desde que Biden assumiu a presidência em janeiro de 2021, a sua prioridade tem sido revitalizar as alianças dos EUA com os seus parceiros e restabelecer a liderança do país no mundo.

O conselheiro do democrata garantiu que a solidariedade em torno da Ucrânia é "ainda mais forte agora do que no ano passado" e antecipou que sairão ações concretas da cimeira do G7 para isolar ainda mais a Rússia e enfraquecer a sua capacidade militar.

"Esta demonstração de união estender-se-á a outras questões económicas e de segurança importantes", frisou Kirby, que mencionou os desafios que a China representa para os aliados e acrescentou que a luta contra a crise climática também estará na mesa de negociações do G7.

A dívida dos Estados Unidos atingiu em 19 de janeiro 31 biliões de dólares, o limite máximo fixado para o Governo contrair empréstimos para se financiar.

Foram adotadas medidas temporárias para continuar a pagar, mas as negociações entre democratas e republicanos permanecem num impasse, com a oposição republicana a recusar aumentar o teto da dívida sem concessões.

O Departamento do Tesouro já tinha apontado a data de 01 de junho como provável para um eventual incumprimento da primeira economia mundial, uma situação inédita.

Questionado sobre a mensagem que Biden vai levar aos seus aliados do G7 sobre a dívida dos EUA, Kirby vincou que o Presidente quer transmitir que o seu país "é um parceiro forte em quem se pode confiar" e que o próprio está a trabalhar arduamente para aumentar o teto da dívida.

Atualmente, os republicanos controlam a Câmara dos Representantes e tentam forçar Biden a negociar cortes nos programas sociais como contrapartida para uma suspensão do teto da dívida.

Leia Também: Austrália cancela cimeira dos líderes da Quad devido à ausência de Biden

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